Descoberta surpreende especialistas e desafia limites da vida marinha
Cientistas encontraram uma cena que parece saída de um filme de ficção: tubarões vivendo dentro da cratera do vulcão submarino Kavachi, nas Ilhas Salomão, no Oceano Pacífico. O ambiente é marcado por águas tóxicas, quentes, ácidas e carregadas de gases, condições em que a sobrevivência de grandes animais parecia impossível. Mesmo assim, tubarões-martelo e tubarões-seda nadam livremente na região, desafiando a lógica científica.
Condições extremas
O vulcão Kavachi, apelidado de Sharkcano, fica a cerca de 24 quilômetros ao sul da ilha de Vangunu. Ele registra erupções frequentes e libera plumas de cinzas e gases que chegam até a superfície do mar. Dentro da cratera, a temperatura elevada e o pH baixo criam um cenário ácido e turvo, considerado letal para a maior parte das espécies marinhas. No entanto, os tubarões circulam nesse ambiente extremo como se não fossem afetados.

Adaptação ou resistência?
Os pesquisadores se perguntam como esses animais conseguem sobreviver. Alguns acreditam que os tubarões não permanecem todo o tempo na cratera, mas alternam entre áreas internas e externas do vulcão. Outros levantam a hipótese de adaptações fisiológicas ainda desconhecidas, capazes de proteger as células contra o calor e a acidez. Além disso, microrganismos que já vivem em vulcões submarinos podem sustentar parte da cadeia alimentar, tornando o local viável para espécies maiores.
Descoberta
A presença de tubarões no vulcão Kavachi amplia a compreensão sobre os limites da vida marinha e pode abrir caminho para novas pesquisas em biologia evolutiva e biotecnologia. Também levanta questões sobre os riscos que os animais enfrentam durante as erupções e sobre a real extensão de sua resistência. Para os cientistas, o Sharkcano se tornou um laboratório natural que desafia o conhecimento atual e prova que a vida sempre encontra maneiras inesperadas de se adaptar.
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