Reconhecimento foi dado por uma das mais antigas e respeitadas revistas especializadas em medicina

A revista médica britânica The Lancet, publicada desde 1823, reconheceu as cirurgias de prótese de joelho e quadril como os procedimentos mais bem-sucedidos do século. O destaque se deve às altas taxas de sucesso e ao impacto positivo na qualidade de vida dos pacientes.
Essas cirurgias revolucionaram a ortopedia e são cada vez mais solicitadas. Apesar disso, muitos pacientes ainda têm receio ao ouvir a palavra “cirurgia”. O ortopedista Fábio Alessandro Passos explica que são procedimentos seguros e amplamente estudados, embora não estejam totalmente livres de riscos. A decisão pela prótese, segundo ele, deve ser compartilhada entre médico, paciente e família, considerando não apenas exames e radiografias, mas principalmente a intensidade da dor, a limitação funcional e o impacto na rotina.
Riscos e resultados
Todo procedimento cirúrgico envolve riscos, mas eles podem ser reduzidos com planejamento pré-operatório, exames adequados e diálogo claro entre médico e paciente. Globalmente, a taxa de complicações é de cerca de 2 a cada 100 cirurgias, número considerado baixo diante dos benefícios.
O resultado depende também da qualidade da prótese. As importadas, mais caras, passam por testes rigorosos de durabilidade, enquanto as nacionais seguem normas técnicas, mas geralmente não passam pelo mesmo nível de avaliação. Em pacientes idosos, essa diferença tem pouco impacto, mas em jovens e ativos, próteses mais resistentes ajudam a evitar trocas futuras.
Antes da cirurgia, são indicadas medidas conservadoras como fisioterapia, fortalecimento muscular, perda de peso, medicamentos e infiltrações. Essas alternativas aliviam a dor temporariamente, mas não regeneram a cartilagem nem interrompem a evolução da artrose. Quando falham, a prótese deixa de ser ameaça e passa a ser oportunidade de recuperar autonomia.
Qualidade de vida
O medo da cirurgia muitas vezes impede pacientes de viver plenamente, levando ao isolamento e até à depressão. Fábio Alessandro Passos relata casos em que pessoas evitam passeios ou atividades simples por não conseguirem acompanhar a família. Nessas situações, a prótese devolve mobilidade e bem-estar, sendo considerada a cirurgia mais bem-sucedida do mundo em termos de qualidade de vida desde a década de 1960.
Para o especialista, a chave está em uma abordagem humana e transparente, em que riscos e benefícios são discutidos abertamente. “Não basta viver muito tempo, é preciso viver com qualidade. A prótese entra exatamente aí, quando dor e limitação já roubaram essa qualidade de vida”, conclui.
Junte-se aos grupos de WhatsApp do Portal CONTEXTO e fique por dentro das principais notícias de Anápolis e região. Clique aqui.




