Jornal indigesto
Eurípedes Gomes de Mello, o “Euripão”, foi um brilhante jornalista durante muito tempo em Anápolis. Ocupou, também, cargos nos governos Municipal e Estadual. Secretário de Serviços Urbanos e Diretor da Saneago, por exemplo. Mas, quando jornalista, atuou, dentre outros, no Diário do Oeste, jornal que tinha o escritório na Rua Barão do Rio Branco, ao lado da quadra do CRA. Início dos anos 70.
Certa feita saiu uma matéria policial no referido jornal, trazendo o nome de um dos envolvidos na ocorrência. Naquela manhã, “Euripão” estava no escritório, quando, de repente, entrou um homem fumegando, com um exemplar do Diário do Oeste na mão e totalmente possesso.
– “Quem foi o irresponsável que escreveu esta matéria envolvendo o meu nome?”, disse aos gritos. E emendou: “Eu quero saber, porque vou ‘fazer ele‘ comer essa porcaria de jornal”.
Eurípedes, um homenzarrão de quase dois metros, se levantou da cadeira, caminhou em direção ao visitante inoportuno e, também aos gritos (tinha uma voz bastante aguda) e respondeu na bucha:
– “Quem escreveu a matéria fui eu. Mas, eu não vou comer jornal nenhum. Quem vai comer é você”. Ato contínuo, tomou o jornal da mão do homem e começou a esfregá-lo em suas fuças. O “valentão” desvencilhou-se, ganhou a calçada, a rua e, nunca mais foi visto nas proximidades. Fato verídico.
Batata quente
A batata de uma importante autoridade política de Anápolis está assando. Dizem que até o substituto (no caso, substituta) já estaria aguardando para assumir o posto. Pista: ambos trabalham na mesma repartição.
Puxão de orelhas
Não passou de bravatas, entrevista para jornal, rádio e TV, a ideia de se reformar, ou ampliar a ala feminina da Cadeia Pública de Anápolis (Centro de Inserção Social “Monsenhor Luiz Ilc”), que continua interditada pela Justiça e sabe-se lá, quando é que será reativada. Se for. Enquanto isso, Anápolis continha “exportando” presas para outras cidades. Quase toda semana ativa-se o detenta-tour, levando mulheres presas em flagrante, ou por mandado judicial, para Goiânia, Abadiânia, Silvânia, Nerópolis e outras comunidades. E, o curioso de tudo é que ninguém, absolutamente ninguém, move uma palha. Ou move?
Outra do Fernão
Houve uma época em que o roubo de carros estava escandaloso em Anápolis. Isso, nos anos 80. O assunto foi parar na Câmara Municipal. Todo dia um vereador usava da palavra para relatar casos de furtos e roubos de veículos. E, naquela oportunidade, coincidência ou não, os delitos aconteciam, com maior frequência, na região próxima ao Hospital Evangélico. Estressado com a repetição diária do assunto, certa vez o então vereador Fernão Ivan, crítico e irônico como sempre foi, compareceu à tribuna e fez o seguinte pronunciamento:
– “Senhores vereadores… Encontrei uma forma de acabar com o roubo de carro em Anápolis. Estou apresentando, hoje, um projeto com o seguinte teor: A partir desta data, fica definitivamente proibido roubar veículos em Anápolis. Parágrafo único: A medida se estende à região do Hospital Evangélico. Revogam-se as disposições em contrário. Espero contar com o apoio de todos para a aprovação”.
Risos e mais risos.
Inhaca
Os moradores da Praça Bernardo Sayão (de praça, mesmo, só tem o nome e algumas árvores que a comunidade local plantou e cuida até hoje) já perderam a esperança de ver o local urbanizado. Entra prefeito, sai prefeito, entra secretário, sai secretário e é só conversa e embromação. Há quem diga que seja coisa pessoal, tipo “quem manda aqui sou eu… E, não adianta reclamar”. Cruz credo!!!
Não é
Engana-se, redondamente, quem pensa que maio seja o mês das noivas. Definitivamente não é mais. Já foi, no passado, até a década de 70. Hoje o maior índice de casamentos acontece em julho. Depois vem dezembro e, só então, o mês de maio. Quem duvidar, é só conferir nas agendas das igrejas e dos cartórios.
Estranho
Entre as cidades de Campo Limpo de Goiás e Ouro Verde, existe um povoado conhecido por “Sapato Arcado”. Esse nome atravessa gerações e ninguém tem uma explicação correta sobre a origem da denominação. “Sapato Arcado” é berço de importantes figuras da economia, da política e de muitos profissionais liberais espalhados por Goiás e pelo Brasil afora.
Memória
Pouca gente se lembra, mas nos anos 60 e 70 funcionou, na Rua Quintino Bocaiúva, em Anápolis, uma fábrica de calçados que exportava para todo o Brasil e, até, para o exterior. Era a Kosmos, cujo proprietário, um grego, chamava-se Kristus. Há anos a indústria foi desativada.
Compreensão
Anápolis é uma das poucas cidades do mundo a contar com uma montadora de veículos. Trata-se de uma das maiores conquistas de todos os tempos para a economia local. Mas, lamentavelmente, muita gente ainda não entendeu isso. Quantas outras cidades brasileiras gostariam de ter uma empresa como a Hyundai?
Abobrinha
O programa Fantástico da Rede Globo exibiu, no último domingo, 02, uma extensa reportagem sobre a briga de duas mulheres, em Santa Catarina, pela posse de uma cadela. Estão com tempo, a justiça catarinense, e a Rede Globo. E o Brasil inteiro assistindo.
Virando moda?
Estaria virando moda o crime de extorsão no Brasil? Todo dia são mostrados pela imprensa, casos de gente querendo arrancar dinheiro de empresas, empresários e instituições em geral. Ainda bem que muitos desses crimes estão sendo desvendados com o auxílio da tecnologia, filmagens, principalmente.
Nossos valores
Um estudo iniciado em 2007, e concluído recentemente, revela que os problemas de impotência estão fortemente associados aos distúrbios do sono. Na conclusão de sua pesquisa, a Doutora Mônica Levy Andersen revela que a apneia é um dos maiores riscos para a disfunção erétil, e que na cidade de São Paulo, a quinta maior metrópole do mundo, ela atinge a mais de 1.700.000 homens. “É a primeira vez que se faz um estudo monitorando de tão perto o padrão do sono”, explica a Doutora Andersen, de 35 anos, que nasceu em Anápolis, Goiás, e mora em São Paulo.