A solenidade de implantação do polo da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Anápolis, durante solenidade realizada na última quarta-feira, 23/8, abriu mais um capítulo na história da educação superior no município.
E, diga-se de passagem, é uma história que tem sua importância não apenas no contexto da educação em si, mas, de uma maneira bem mais abrangente, no desenvolvimento socioeconômico e cultural da cidade.
Não tem nenhum indicador que permita mensurar a contribuição que o ensino superior proporcionou ao progresso anapolino, seja na formação de profissionais que atuam nos mais diversos setores produtivos, seja na produção do conhecimento que é aplicado à pesquisa, extensão e desenvolvimento tecnológico.
De Anápolis para o Brasil e para o exterior, saíram muitos profissionais renomados formados nos cursos ofertados pelas instituições locais. Estudantes de várias partes do país e de outros países, fizeram caminho inverso e muitos aqui se fixaram, criaram raízes familiares e negociais.
O ensino superior foi e continua sendo peça fundamental para concretizar o polo fabril de Anápolis, assim como para o fortalecimento de outros segmentos econômicos. Exemplo disso foi a implantação do polo farmacêutico, que teve um referencial de apoio importante através da UEG.
A produção científica em Anápolis, inclusive, foi recentemente celebrada na UniEVANGÉLICA. E o que muita gente não sabe é que essa produção é vasta e se reflete em melhorias na saúde, agropecuária, meio ambiente, energia, no setor farmacêutico, entre outros.
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Exemplo disso, foi a pesquisa que resultou na criação do laboratório de reabilitação pulmonar, que assiste pessoas que tiveram sequelas decorrentes da Covid-19.
Também na UniEVANGÉLICA, foi realizado uma parte do trabalho de preparação dos pilotos da Força Aérea Brasileira que vão atuar com os caças Gripen, na Base Aérea de Anápolis.
Em vias de ter o seu primeiro polo industrial municipal, batizado de Politec, o município recebe agora o polo da UFG, que ofertará especializações em Tecnologias Analíticas e Processos Aplicados à Indústria, Cidades Inteligentes e Economia Circular e Segurança em Redes e Sistemas.
Tudo a ver com esse novo ciclo que Anápolis busca, que é atrair as chamadas indústrias sem chaminés, onde a produção tem como carro-chefe a tecnologia e a inovação.
Na disso, entretanto, seu deu ao mero acaso. É fruto de uma história e uma história de conquistas.
E, vale ressaltar, além das universidades, Anápolis possui várias faculdades, entre elas: Faculdade Metropolitana de Anápolis (Fama), Anhanguera, Faculdade Católica de Anápolis, Faculdade Raízes, Faculdade Fibra, Faculdade GAB, Faculdade de tecnologia Roberto Mange. Sem contar, ainda, os cursos de Educação à Distância.
UniEVANGÉLICA

História essa que vem lá dos idos de 1947, com a criação da Associação Educativa Evangélica (AEE) que, inicialmente, dedicou-se à educação básica. Mas, enxergando a necessidade que havia de se dar aos jovens uma preparação mais completa para a busca de oportunidades no mercado de trabalho, a instituição estendeu sua atuação no ensino superior.
Assim, surgiram a Faculdade de Filosofia Bernardo Sayão, em 1961; a Faculdade de Direito de Anápolis (Fada), em 1969 e a Faculdade de Odontologia João Prudente, em 1971.
Essas faculdades independentes foram os pilares para a criação do Centro Universitário, que há 15 anos ganhava o primeiro curso de medicina de Anápolis.
A Portaria ministerial nº 351, de 27 de maio de 2021, agregou à história da AEE, a transformação do Centro Universitário em Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA).
Desde os passos iniciais, são, portanto, 75 anos de história.
UEG

Criada em 1999 pela Lei Estadual nº 13.456, a Universidade Estadual de Goiás (UEG), surgiu em Anápolis, com os cursos remanescentes da antiga Uniana (Universidade Estadual de Anápolis).
Com perfil de universidade multicamp, a UEG possui hoje oito câmpus em diferentes regiões do estado, com 33 unidades universitárias, tendo a sua sede (reitoria), instalada em Anápolis desde a criação.
São 24 anos de história.
IFG

O câmpus Anápolis do Instituto Federal de Goiás (IFG) foi inaugurado no dia 21 de junho de 2010, integrado à rede federal de educação profissional, científica e tecnológica.
O IFG é uma autarquia federal, criada pela Lei nº 11.892/2008, com autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar. Equiparada às universidades federais, é uma instituição de educação superior, básica e profissional, pluricurricular e multicâmpus, especializada na oferta de educação profissional, tecnológica e gratuita em diferentes modalidades de ensino.
UFG

Com mais de 60 anos de história, a Universidade Federal de Goiás chega a Anápolis, através do Polo de Pós-Graduação, que inicialmente irá funcionar nas instalações do Centro de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia de Anápolis (CEITec), ligado à Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Modernização.
A criação dessa unidade é fruto de uma parceria entre a instituição e a Prefeitura de Anápolis, celebrada na solenidade de quarta-feira (23), com a presença do prefeito Roberto Naves e a primeira-dama e deputada estadual Vivian Naves; do deputado estadual Antônio Gomide; do vice-prefeito e secretário de Indústria e Comércio, Márcio Cândido; da reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, junto com vários pró-reitores, coordenadores e professores.
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