Em março, Goiânia registrou variação mensal de 1,04% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – IPCA-15 (diferente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA apenas no período de coleta), após ter subido 0,41% em fevereiro.
O índice acumula, no ano, alta de 1,85% e, em 12 meses, alta de 4,04% na capital goiana. Em março de 2022, a variação em Goiânia foi maior, 1,19%.
No Brasil, a prévia da inflação de março apresentou alta de 0,69%, após o índice de 0,76% registrado em fevereiro.
A maior variação e o maior impacto vieram de Transportes, com 1,50% e 0,30 p.p. respectivamente.
Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 5,36%, abaixo dos 5,63% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2022, a taxa foi de 0,95%.
Combustíveis
O aumento do mês ocorreu de forma mais expressiva no grupo dos Transportes, que variou 3,58% nesta prévia de março.
A causa desse aumento foram os combustíveis de veículos, que subiram 12,04%, representando 0,83 p.p. do aumento de 1,04% da prévia da inflação em Goiânia no mês de março.
Gasolina, o subitem com peso mais expressivo, subiu 13,05%, após ter caído 3,07% em fevereiro e 2,74% em janeiro.
Assim, o subitem acumula alta de 6,57% no ano, mas mantendo queda de 21,24% no acumulado dos últimos 12 meses. Também ocorreu aumento nos preços do etanol, que variou 12,36% nesta prévia de março.
Em fevereiro, o subitem caiu 3,51%, após a queda de 1,66% em janeiro.
No acumulado do ano, o etanol variou 6,61%, porém também tem queda no acumulado dos últimos 12 meses (-13,33%).
Em lado oposto aos aumentos dos demais combustíveis, o óleo diesel tem a sua sétima queda consecutiva nesta prévia de março, variando -3,57%.
Assim, o subitem acumula queda de 9,23% no ano, apesar de manter aumento de 2,49% no acumulado dos últimos 12 meses.

Saúde e cuidados pessoais
Além da alta no grupo de Transportes, mais cinco grupos contribuíram para a variação do IPCA-15 na capital goiana.
O grupo de Saúde e cuidados pessoais foi o que registrou o segundo maior índice no mês (1,19%) devido ao aumento de 2,24% no preço dos produtos de Higiene pessoal, que subiu 2,24%.
Entre os subitens, destacam-se as altas no perfume (6,23%) e nos Artigos de maquiagem (4,62%).
Completam os grupos com variação positiva em Goiânia Comunicação (0,72%), Vestuário (0,63%), Despesas pessoais (0,57%) e Educação (0,08%).
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Três grupos apresentaram quedas: Artigos de residência (-0,29%), Alimentação e bebidas (-0,21%) e Habitação (-0,19%).
Segundo grupo com maior peso na cesta do goianiense, alimentação e bebidas registrou sua primeira queda após cinco altas consecutivas, o que contribuiu para alcançar um acumulado de 8,69% em 12 meses.
Os subitens que mais pesaram no recuo do grupo foram a batata-inglesa (- 19,71%), contrafilé (-2,07%), a costela (-6,08%), a cebola (-9,78%), o óleo de soja (-3,99%), o queijo (-3,21%) e o pão francês (-1,71%).
Já no grupo de Habitação, as contribuições para a variação negativa vieram dos subitens aluguel residencial (-1,16%) e gás de botijão (-0,59%).
Índices regionais
Em relação aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em março. Porto Alegre e Curitiba foram as cidades com as maiores variações, ambas com 1,13%.
Nos dois casos a energia elétrica residencial foi a principal responsável, com variações de 10,76% e 10,42% respectivamente.
Goiânia apresentou a terceira maior variação positiva do país, ficando acima da média nacional e entre Curitiba e Brasília.
Já o menor resultado foi observado em Salvador (0,37%), influenciado pelas quedas de 10,35% nas passagens aéreas e de 9,13% no seguro voluntário de veículo.

Sobre o IPCA-15
O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor – SNIPC produz contínua e sistematicamente índices de preços ao consumidor.
Com divulgação na Internet iniciada em maio de 2000, o IPCA-15 difere do IPCA apenas no período de coleta, que abrange, em geral, do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência, e na abrangência geográfica.
Atualmente a população-objetivo do IPCA-15 abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes em 11 áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC, as quais são: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.
Com informações do IBGE