Lojistas terão oportunidade de reforçar o caixa das empresas, que ficou bastante afetado devido às restrições na economia durante a pandemia
Os lojistas de Anápolis estão animados com a possibilidade de boas vendas, naquela que é a segunda data de maior movimentação no varejo: o Dia das Mães. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Anápolis, Wilmar Jardim de Carvalho, a data só é menos atrativa do que o Natal, que tem um período um pouco mais longo para que as pessoas possam fazer as suas compras.
De acordo com o presidente da CDL, os comerciantes estão otimistas de que o resultado das vendas poderá compensar os prejuízos que a pandemia acarretou devido às restrições de funcionamento. Embora, de acordo com Wilmar Jardim, não seja possível recuperar todo o prejuízo, será possível ter uma melhora de caixa.
Conforme destaca o líder do setor varejista, os lojistas estão preparados para receber os consumidores, não como gostariam porque em alguns casos, não foi possível reforçar os estoques devido à dificuldade de reposição.
Na semana passada, o comércio local recebeu autorização da Prefeitura de Anápolis, para que pudesse funcionar no sábado. Mas, para isso, era necessário que houvesse um acordo entre os sindicatos que representam a classe trabalhadora e patronal.
Agora, para este final de semana, já estão sendo feitas as tratativas para viabilizar a abertura no sábado e, inclusive, com a possibilidade de abertura também no domingo.
Pesquisa
Considerada pelos varejistas como a principal data comemorativa do primeiro semestre, o Dia das Mães deve aquecer as vendas pelos próximos dias. Levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, revela que 77% dos consumidores devem realizar pelo menos uma compra no período — o dado fica bastante próximo dos 78% observados em 2019, antes da pandemia da COVID-19.
Em números absolutos, a expectativa é de que aproximadamente 122,9 milhões de brasileiros presenteiem alguém este ano, o que deve movimentar uma cifra próxima de R$ 24,3 bilhões nos segmentos do comércio e serviços.
Embora o percentual de consumidores que devem ir às compras seja maior do que o do ano passado (68%), a maior parte dos compradores está receosa em aumentar gastos este ano, sobretudo diante do cenário de pandemia e de crise econômica. Cerca de 34% dos consumidores esperam gastar menos do que no último ano, enquanto 30% planejam gastar o mesmo valor. Entre os que pretendem gastar menos, 40% citaram o cenário econômico pior que no último ano, 37% disseram que estão com o orçamento apertado e 28% mencionaram as incertezas quanto ao cenário econômico e finanças pessoais. A pesquisa mostra ainda que 98% daqueles que pretendem gastar menos foram influenciados pela pandemia da COVID-19.
Por outro lado, considerando os que vão gastar mais (24%), 53% disseram que querem dar presentes mais caros, 50% irão comprar um presente melhor e 32% têm intenção de compensar a situação de isolamento social da pandemia. (Com informações da CNDL)