Durante o periélio, quando o cometa estará a uma distância mínima do Sol, mais de 116 milhões de quilômetros, espera-se que atinja seu brilho máximo. No entanto, o astrofísico Filipe Monteiro, do Observatório Nacional, ressalta que isso não garante que o Cometa do Diabo será visível a olho nu, já que seu brilho é imprevisível.
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Para testemunhar o periélio do cometa, os observadores devem direcionar seu olhar para o horizonte oeste, na mesma direção do pôr do Sol, momento em que ele estará mais visível. Em abril, estará abaixo da constelação de Touro e, em maio, abaixo da constelação de Órion. No entanto, a visibilidade varia de acordo com a região do Brasil, devido à diferença no horário do pôr do Sol.
No Norte do país, o cometa permanecerá visível até por volta das 19h50, enquanto no Nordeste, entre 17h45 e 18h20. No Rio de Janeiro, poderá ser visto até cerca de 18h20. Por estarem mais próximas da Linha do Equador, as regiões Norte e Nordeste terão uma melhor oportunidade de observar o fenômeno antes do restante do Brasil.
“A maior dificuldade será encontrar um lugar com o horizonte oeste livre, visto que o cometa está muito baixo no céu, numa altura de cerca de 15 graus”, afirma Monteiro. À medida que avançamos para a segunda quinzena de maio, o cometa ficará mais alto, mas também perderá brilho.
Apesar de sua maior proximidade com a Terra em 2 de junho, não há perigo de colisão. No entanto, isso não significa que será mais fácil de vê-lo, pois estará mais distante do Sol. Ainda assim, observadores do hemisfério sul poderão usar binóculos e telescópios para avistá-lo.
O Cometa do Diabo recebe esse nome devido ao seu formato de chifre, resultante da pressão da radiação solar que forma sua cauda de gás e poeira. Astrônomos exploram várias hipóteses para explicar esse fenômeno, incluindo a desigual expulsão de gás e poeira e o possível bloqueio da visão de parte do material brilhante atrás dele.
Veja abaixo imagens do cometa captadas por Dan Bartlett e compartilhadas na página Astrobin.
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