Uma pesquisa britânica mostrou o que bolso já sente há tempos: o Brasil é o quinto país do mundo no qual os custos de aquisição e manutenção de um carro são mais incompatíveis em relação ao poder aquisitivo de sua população. O levantamento foi apresentado pela Scrap My Car Comparison.
O estudo levou em consideração os valores médios de seguro, reparos e os preços atuais dos combustíveis com os ganhos anuais per capita médios de cada país. Com isso, conseguiram registrar a porcentagem do salário anual médio necessário para comprar e dirigir um carro sem muitos imprevistos.
Por aqui, o salário médio anual necessário para custear um carro é de 443,68%. Na média, para um brasileiro conseguir comprar e manter um veículo, ele teria de ganhar, no mínimo, mais de quatro vezes o que recebe por ano atualmente. Ou trabalhar mais de quatro anos somente para dar cabo aos gastos. Anualmente, esse valor somado é de R$ 13.200 – cerca de 28,1% do preço de um Mobi Easy 0km, tabelado em R$ 46.490.
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Outros seis países da América Latina integram a ponta mais cara do ranking, onde o salário médio anual da população é muito menor do que o necessário para a despesa relativa à compra e posse do carro. A frente do Brasil, figuram Turquia (1º), Argentina (2º), Colômbia (3º) e Uruguai (4º).
Outro lado do ranking
Entre os 10 países onde o automóvel é mais acessível para população, a Austrália aparece na liderança. Lá, é necessário cerca de 49,48% do salário médio anual para comprar e manter um carro. Em seguida, estão Estados Unidos e Dinamarca, com médias anuais que giram em torno de 54,8% e 60,3%, respectivamente.
Confira abaixo os top-10 referentes aos dois extremos do ranking:
- Turquia (652,29%)
- Argentina (515,77%)
- Colômbia (508,93%)
- Uruguai (443,68%)
- Brasil (441,89%)
- Ucrânia (413,78%)
- Guatemala (355,94%)
- Rússia (290,04%)
- México (285,20%)
- Costa Rica (269,83%)
- Austrália (49,48%)
- Estados Unidos (54,87%)
- Dinamarca (60,34%)
- Canadá (64,40%)
- Suécia (75,84%)
- Alemanha (78,44%)
- Holanda (84,65%)
- França (87%)
- Reino Unido (89,36%)
- Finlândia (91,58%)