Além das medidas de segurança impostas, várias práticas realizadas nas celebrações foram vetadas
Desde o mês de abril, quando as atividades religiosas em igrejas e templos de qualquer credo foram reconhecidas como essenciais em Anápolis, várias dúvidas sobre o assunto se suscitaram.
Como informado pela Prefeitura no último decreto publicado, as igrejas têm permissão para ministrar suas reuniões, durante os sete dias da semana, das 07h às 22h. Vale lembrar que as orientações de segurança devem ser seguidas à risca.
De acordo com o Bispo Auxiliar da Diocese de Anápolis, Dom Dilmo Franco de Campos, o decreto elaborado pela prefeitura é extremamente necessário e suficiente para evitar a propagação do vírus. O sacerdote garante que todas as medidas de segurança estão sendo colocadas em prática nas paróquias da cidade.
“Além das medidas de distanciamento e a verificação das temperaturas, disponibilizamos um produto que possibilita a higienização dos sapatos nas entradas, além da exclusão das práticas que exigiam mais contato. As igrejas estão tendo que ter um cuidado redobrado, até porque o público de peso são pessoas de mais idade”, acrescenta.
Rotina e adaptações
Na Igreja Presbiteriana Central de Anápolis os cultos também estão longe de voltar a ser como era antes. O reverendo Samuel Vieira relata que com a pandemia as igrejas precisaram se adaptar aos diferentes métodos, entre eles: cultos online, lives e redes sociais. “Ficamos três meses afastados, realizando os cultos apenas online. No momento em que retornamos, a frequência era de 10% do que era antigamente. Mesmo assim, estamos seguindo todos os protocolos à risca. Queremos muito que as coisas voltem ao normal, mas em primeiro lugar vem a saúde da nossa comunidade”, adita.
Como na igreja Presbiteriana Central, as paróquias da cidade de Anápolis também tiveram os números de fiéis consideravelmente reduzidos. O Bispo Dom Dilmo relata que antes da quarentena cerca de 1,2 mil pessoas frequentavam as missas nos domingos, com a pandemia o total de fies por dia foi reduzido para 300.
Em relação aos eventos realizados nas igrejas, entre casamentos e batizados, a maioria optou por remarcar. Aqueles féis que decidirem dar continuidade com as cerimonias e não alterar as datas, devem estar cientes de todas as normas de segurança.
“Creio que agora, não só as igrejas católicas, mas todas no geral, irão se adaptar mais ao mundo virtual. Entretanto, meu desejo é que as pessoas não se acomodem a essa rotina. Faz muita falta para nós, líderes religiosos, a presença da comunidade, esperamos a sociedade de volta quando tudo passar”, completa.