A equipe vai substituir 21 servidores que estavam em missão desde o dia 3 de maio e retornaram a Goiânia no último domingo (12).
O grupo realizou 230 salvamentos, entre pessoas e animais.
Os bombeiros foram recebidos pelo comando da corporação na sede do 1º Batalhão, no centro de Goiânia, onde também descarregaram os equipamentos e concederam entrevistas à imprensa.
De acordo com o comandante-geral, Washington Luiz Vaz Júnior, a troca é necessária para evitar o cansaço extremo e possíveis danos psicológicos aos bombeiros, conforme determinam padrões nacionais e internacionais de salvamento.
Ele garantiu que as tropas goianas continuarão prestando apoio no local da tragédia.
“A tripulação do helicóptero está descendo e vai permanecer de 7 a 10 dias. Assim que ela estiver fazendo retorno após sua missão, outra equipe vai descer”,
reforçou o comandante.
O envio de grupamento aéreo deve possibilitar o acesso a municípios que seguem totalmente isolados, sem trânsito por terra.
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“A ideia é usar helicópteros com maior capacidade, como o nosso, para levar alimentos, resgatar as pessoas que precisam e visualizar o que nós temos nesses municípios mais distantes”, acrescentou Vaz.
Além dos sete bombeiros goianos enviados hoje, um piloto de drone continua no Rio Grande do Sul realizando mapeamento de pontes atingidas.
Missão
O tenente Luiz Henrique Salomão destacou que o cenário encontrado na região de Porto Alegre foi de devastação: “Parecia cena de filme. O centro de Porto Alegre estava todo sem energia, a água do Guaíba estava quase tomando a rodovia e foi ali que caiu a nossa ficha”, disse.
Além das centenas de salvamentos, os bombeiros militares de Goiás evacuaram dois hotéis que estavam sendo utilizados como abrigo por cerca de 250 pessoas.
No entanto, para ele, a maior dificuldade foi encontrada no município de Eldorado do Sul.
“Como havia suspeita de presença de facções, atuamos junto com a força policial para evacuar um colégio que estava servindo de base para as vítimas. Estava difícil navegar e tivemos que fazer os resgates no braço”, contou.
Em alguns pontos, o nível da água estava tão alto que os bombeiros precisaram deitar nas embarcações para não encostar na rede elétrica.
Mais casos
Em São Valentim do Sul, a equipe conseguiu localizar o corpo de uma vítima que era procurada há oito dias.
“Em um prazo de cinco minutos, conseguimos localizar esse corpo com a ajuda dos cães. Foi um alívio tremendo para a família, porque eles já estavam sem esperanças”, disse o tenente.
Segundo o militar, um animal consegue “varrer” uma área equivalente à vistoriada por 10 homens, o que foi de “fundamental” importância para o trabalho.
Cuidados
De volta a Goiás, a equipe do CBM vai passar por uma avaliação clínica no Comando de Saúde da corporação, já que entrou em contato com diversos tipos de agentes biológicos, como vírus e bactérias, durante as operações de resgate.
Os animais devem receber acompanhamento de médicos veterinários. Já as viaturas e equipamentos vão passar por um processo de desinfecção antes de serem utilizados em outras ocorrências.
Com informações e imagens da SSP-GO
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