Os familiares de Lázaro Barbosa, 32 anos, ainda não foram ao Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia para retirar o corpo do homem, que morreu nesta segunda-feira (28), após intensa troca de tiros com a polícia. O indivíduo, responsável por uma série de crimes, estava foragido há 20 dias. Segundo o órgão, todo o procedimento de autópsia foi finalizado ontem (28), mas a família não apareceu e, nem mesmo, entrou em contato.
Suspeita-se que ‘serial killer do DF’ tenha sido alvejado com, pelo menos, 38 disparos durante o confronto. Mesmo assim, ele chegou a ser levado com vida para uma unidade de saúde, no município de Águas Lindas. No entanto, não resistiu.
Ao Portal CONTEXTO, o IML confirmou que aguarda um contato por parte dos parentes e, caso não seja feito, o corpo seguirá no local sem um prazo máximo para ser retirado.
Em uma entrevista por telefone a Tv Anhanguera, uma tia de Lázaro, Zilda Maria, afirmou que o motivo da família não vir para Goiás é o medo de retaliação popular. Ainda, segundo a mulher, a mãe do homem, Eva Maria, estava isolada, desde o começo do caso. “Ainda não sabemos o que fazer. Estamos sofrendo ameaças constantes e vivendo em meio a um pesadelo. Mas em breve entraremos em contato com o IML”, informou.
Relembre

A captura e morte de Lázaro ocorreu após sequência de crimes, que se iniciam com a morte do empresário Cláudio Vidal, 48; dois filhos dele, Gustavo Marques, 21; e Carlos Eduardo Vidal, 15; e sequestro da esposa dele, Cleonice Marques, 43, no dia 9 de junho. A mulher foi encontrada morta em um córrego da região de Sol Nascente (DF), dois dias depois.
Depois disso, Lázaro inicia a fuga. Ele chega à região de Cocalzinho de Goiás, onde baleia três pessoas. No dia 13 e 14 de junho, a força-tarefa é incrementada com três helicópteros e mais de 210 agentes da PM-GO, PM-DF e Polícia Federal (PF).
Apenas dois dias depois, três pessoas – uma mulher e duas crianças – foram mantidas reféns de Lázaro Barbosa em uma propriedade rural que fica a 5 km de distância do povoado de Edilândia. Os reféns foram libertados após troca de tiros com a polícia e o suspeito fugiu por um Rio próximo da fazenda. Um policial ficou ferido.
No dia 24, o fazendeiro Elmir Caetano Evangelista, de 75 anos, e o caseiro Alain Reis de Santos, são presos pela polícia suspeitos de ajudar Lázaro Barbosa a se esconder em matas na região de Cocalzinho.
Durante os últimos 20 dias, 270 policiais vinham procurando por Lázaro. Participaram das buscas equipes das polícias Civil e Militar de Goiás e do Distrito Federal, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DF) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMGO).