Desafio enfrentado pelas administrações das cidades de porte médio acima, a fluidez do tráfego já se mostra como preocupação premente em Anápolis
Em poucos anos, a cidade de Anápolis deve entrar para a relação dos municípios com meio milhão de habitantes, ou mais, o que a colocará na problemática discussão sobre mobilidade urbana, mais especificamente, o estabelecimento de normas eficientes para um fluxo racional do tráfego e a convivência harmônica entre pedestres e condutores dos mais diferentes tipos de veículos, inclusive os de tração animal. E, a rigor, não se aprofundou muito na questão nos últimos anos. Na última campanha eleitoral, por exemplo, este tema foi abordado superficialmente pelos candidatos, sem se notar uma preocupação maior por parte dos políticos na disputa. E, esta demanda é mais recorrente do que se imagina.
O transporte de massas, desafio para dez entre dez governantes municipais é a “pedra no sapato” de quem, realmente, pensa no futuro do escoamento sistemático e eficiente do trânsito urbano. É impossível o desenvolvimento de uma comunidade, sem que haja racionalidade do direito de ir e vir do cidadão. Seja em seus deslocamentos para o trabalho, para a escola, para o lazer, ou, para qualquer outra atividade fim. E, mesmo que ele se desloque em condução própria, inevitavelmente, irá se deparar com obstáculos, como engarrafamentos, congestionamentos, ruas interditadas e outros problemas corriqueiros.
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A regra se aplica, também, para quem está, estará, ou, esteve, no interior dos veículos coletivos. Os atrasos, a demora, a falta de pontualidade e outros aborrecimentos presentes, mas que, influenciam, diretamente, no psicológico das pessoas é uma realidade. Soma-se a isso, o alto valor pago pela passagem, a falta de conforto e segurança no interior dos veículos e valores agregados que contribuem para a piora da qualidade de vida dos transportados. E, lembrar que a busca de transporte coletivo não é opção. É a única alternativa para a maior parte da população que não consegue adquirir condução própria.
Massificação
Do outro lado, tem-se como certo que o crescente número de veículos individuais promove o inchaço do trânsito, dificulta a locomoção ao longo das áreas das grandes cidades, principalmente nas regiões que concentram a maior parte dos serviços e empregos. Vive-se, atualmente, um drama a respeito dessa questão. A melhoria da renda da população das classes média e baixa, os incentivos promovidos pelo Governo Federal para o mercado automobilístico, como a redução do IPI e a baixa qualidade do transporte público, contribuíram para o aumento do número de veículos nas ruas. Com isso, tornaram-se, ainda mais, constantes os problemas com engarrafamentos, lentidão, estresse e outros, elementos presentes, até mesmo, em cidades e localidades que não sofriam com essa questão.
Anápolis não foge à regra. O aumento da frota é correlato ao aumento da população, mas, do outro lado, o sistema viário é comprometido com a irregularidade do perfil das vias públicas e a falta de maiores investimentos no sistema que opera a concessão desse serviço. É, portanto, urgente que se adotem providências político/administrativas para se equacionarem as demandas atinente à fluidez do trânsito urbano. Antes que seja tarde.
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