Em 2010, o Centro de Operações da Polícia Militar, em Anápolis, registrou um total de 301 casos de furtos em residências. Nesse tipo de delito são levados pertences pessoais, móveis, eletro/eletrônicos e outros componentes das moradias. No ano passado (2011) esse número subiu para 864, mais que o dobro, o que despertou nos comandos policiais uma atenção especial para este tipo de crime, a maioria, segundo levantamentos, praticada por pessoas, de alguma forma, ligadas às vítimas, como esposos; esposas; filhos, irmãos, primos, vizinhos e similares. De acordo com pesquisa feita pela própria Polícia, esses produtos são vendidos, em sua maioria, para alimentarem o narcotráfico, mais especificamente a compra de drogas e, em especial, o crack. Grande parte dos produtos de furtos em residências é vendida por preços irrisórios, demonstrando haver uma rede de receptadores espalhada por todos os cantos de Anápolis.
Também, durante o ano de 2011 houve um aumento considerável nos casos de roubos a residências e roubo a veículos. O roubo diferencia-se do furto simples por contar com um ingrediente a mais: o emprego da violência, ou uso da força, como é o caso dos assaltos à mão armada e arrombamentos de ambientes fechados. Em 2010 a Polícia Militar registrou 39 casos de roubos a residências e 33 roubos de veículos. No ano passado, 58 residências foram alvos de roubos, enquanto que 51 veículos, também, foram levados de seus donos sob o emprego da força. Os casos de roubo a pessoa, também com o emprego da força, subiram de 190, em 2010, para 228 em 2011. Outro aumento de índice verificou-se nos casos de roubo a estabelecimento comercial. Em 2010 foram 259. No ano seguinte, 2011, o número cresceu para 308. No mesmo período, 2011, a Polícia Militar efetuou a apreensão de 98 armas. Em 2010 foram recolhidas 102. Também em 2010, nada menos que 888 pessoas foram autuadas em flagrante por delitos diversos, contra 1038 em 2011. Em 2010 a Polícia Militar cumpriu 302 mandados de prisão, número que caiu para 226 no ano passado.
Outros crimes
O que chamou a atenção, também, no relatório da Polícia Militar, foi o número de homicídios. Em 2010 aconteceram 86 crimes de morte. O mesmo número foi registrado no ano passado, num curioso empate. Este fato, entretanto, pode ser mudado, pois, na virada do ano foi encontrada uma ossada humana às margens da rodovia Anápolis/Gameleira de Goiás. Em sendo constatado crime de homicídio, o número em 2011 subiria para 87.
A Polícia Militar, em 2010, registrou um total de 2148 acidentes com vítimas, número que subiu para 2171 em 2011. Os acidentes sem vítimas (apenas danos materiais) em 2010 somaram um total de 2568 casos, contra 3128 em 2011. Ainda sobre acidentes com vítimas, em 2010 foram mortas, em desastres diversos, 16 pessoas. O número subiu para 22 em 2011. No decorrer de 2010 a Polícia recuperou 236 veículos e, no ano seguinte, 2011, foram recuperados 328. Quanto aos veículos apreendidos, em 2010 eles somaram 131, número que subiu para 884 no ano passado. A partir do mês de julho de 2011, a PM adotou a figura da “visita comunitária”, sendo registradas 5205 dessas ocorrências. Também foi adotado o sistema denominado “visita solidária”, com o registro de 486 casos. No total geral, em 2010 a Polícia Militar anotou, em Anápolis, 10993 ocorrências, enquanto que em 2011 o total subiu para 13578 casos.
Ressalte-se que estes números são, apenas, os registrados pela Polícia Militar. Grande parte deles vai, também, para os registros da Polícia Civil que, entretanto, desenvolve atividades dissociadas, o que leva à certeza de que alguns números apontados nos levantamentos da PM sejam superiores. São crimes e contravenções noticiados diretamente nos plantões policiais, dentre eles crimes sexuais e outros que, por força de lei, não podem ser divulgados publicamente.