Multiplicam-se, por todo lado, casos de médicos envolvidos com crimes sexuais. No Brasil, o caso mais emblemático é o do geneticista Roger Abdelmassih, condenado a mais de 170 anos de prisão por violentar várias de suas clientes. O Tribunal de Justiça do Estado, a mando do Conselho Nacional de Justiça, demitiu o médico Ricardo Paes Sandre por assédio sexual e moral contra funcionárias daquela corte. Em Anápolis, o médico Nicodemos Morais está em prisão domiciliar sob a acusação de praticar atos libidinosos contra pacientes.
A pergunta que fica é: isto é um fenômeno social novo, ou, tal prática repugnante já ocorria há tempos e não era revelada pelas vítimas? Quantas teriam sido as mulheres vilipendiadas em sua dignidade, sua autoestima, em sua honra, em suja vida matrimonial? Esses acusados vão sofrer alguma penalidade mais severa da lei, ou, contratarão bons advogados e, em poucos dias estarão soltos, prontos para praticarem novas investidas contra mulheres indefesas? Sim, porque dinheiro para isso, a maioria deles tem. Mas, a dor que fica na alma dessas mulheres, esta não tem remédio, nem cura.
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Aliás, estes indivíduos nem deveriam ser chamados de médicos. Suas atitudes envergonham a categoria que se preparou, estudou, se formou e se qualificou para salvar vidas, para trabalharem pela paz social. Os conselhos regionais de medicina deveriam analisar criteriosamente e, se for o caso, excluir tais pessoas de seu convívio. É o mínimo que deveriam fazer. E, que as vítimas processem esses indivíduos criminal e civilmente. E, exijam deles, altas indenizações por danos morais. Quem sabe, assim, estra prática desapareça do meio da sociedade.