Esta semana, mais dois presos, agora em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, escaparam de um presídio de segurança máxima (nem tão máxima assim) porque teriam encontrado uma corda jogada aleatoriamente no corredor da cadeia. Com ela, escalaram um muro de quatro metros de altura e, também, desapareceram na madrugada. O curioso é que ninguém viu nada.
Leia também: Intolerância maligna
Em Mossoró, a explicação foi de que as lâmpadas que iluminam a área do presídio por onde os detentos fugiram, estavam queimadas e as câmeras de videomonitoramento estavam estragadas, portanto, não registraram as imagens. Em Campo Grande, ninguém soube explicar o que uma corda de tamanho razoável fazia nos corredores da cadeia. O certo é que, por mais que se explique e se justifique, haverá, sempre, uma dúvida coletiva sobre o que, de fato, teria acontecido. Mistérios de um sistema prisional que necessita, urgentemente, de uma completa reformulação. Física e operacional. Fugas em presídios, sempre, existiram, em qualquer parte do mundo. Mas as brasileiras, em muitos dos casos, são surreais.