“O Daia é o símbolo maior da pujança do Estado de Goiás”. Com esta frase, o secretário estadual de Indústria e Comércio, Luiz Medeiros Pinto, resume a importância do Distrito Agroindustrial no cenário da economia goiana. Segundo ele, não se trata apenas de um símbolo, mas de um marco importante que desencadeou o processo de industrialização “de forma planejada e organizada e que, hoje, se constitui num modelo para o Brasil”, ressaltou.
De acordo com o secretário, o Distrito Agroindustrial nasceu de uma luta iniciada dentro da Associação Comercial e Industrial de Anápolis e ganhou apoio do Governo Federal, que investiu recursos na sua construção, assim como os governos estaduais que se sucederam desde meados da década de 70 para materializar essa conquista que, na sua opinião, não é de Anápolis e nem de Goiás, apenas, mas de todo Centro-Oeste. “O Daia exerceu um papel importante para atrair investidores para a região, chamando atenção para o potencial existente no centro do país”, enfatizou.
Luiz Medeiros destacou que, nos últimos anos, o governo tem atuado de forma decisiva para consolidar e fortalecer o pólo industrial de Anápolis e que os resultados estão agora sendo capitalizados através da implantação da ferrovia Norte-Sul (que passou a ser priorizada pelo Governo Federal devido à sua importância como eixo estratégico de desenvolvimento) e a Plataforma Logística Multimodal. Assim como agregou, ao longo dos anos, outras conquistas importantes foram agregadas, como a implantação do Porto Seco.
Do ponto de vista econômico, o secretário avalia que a importância do Distrito Agroindustrial de Anápolis não se resume aos cerca de 11 mil postos de trabalho diretos e milhares de indiretos gerados pelas mais de 100 empresas instaladas no Daia. “Mas em função do crescimento industrial nós fortalecemos o comércio, o setor de serviços e vários outros segmentos, fazendo com que a cidade tenha um crescimento acima da média”, destacou o secretário.
Histórico
Desde a sua inauguração, em 1976, o Distrito Agroindustrial de Anápolis passou por diversas fases. Até a metade da década de 80, ou seja, quase 10 anos depois da fundação, havia poucas empresas instaladas. Esse quadro começou a mudar a partir de 1985, quando o Governo de Goiás, na gestão de Iris Rezende, criou um programa de incentivos fiscais denominado Fomentar. A partir de então, empresas de variados segmentos começaram a vir para Goiás e, principalmente para o Daia, devido a sua boa estrutura e a localização estratégica de Anápolis.
Outro marco é o final da década de 90, quando se instalou o primeira estação aduaneira interior (Porto Seco), contribuindo para que as empresas do distrito pudessem, efetivamente, entrar na era da globalização econômica, comprando e vendendo produtos no exterior. Foi também no ano de 1999, que se iniciou o projeto para a implantação do Pólo Farmacêutico de Goiás, com sede no Daia. Para adequar a essa nova realidade, o Governo do Estado renovou a política de incentivos fiscais, na gestão do então governador Marconi Perillo, processo este fundamental para que não houvesse novamente uma paralisação nos investimentos.
Foi dentro dessa nova política que o governo conseguiu atrair para Anápolis a primeira montadora de veículos, a Caoa/Hyundai, abrindo o ciclo do setor automotivo que tem vasto potencial de crescimento, como, também, o segmento de logística.