Atualmente, o município de Anápolis é considerado o segundo maior produtor de medicamentos genéricos do País.
Contudo, foi uma luta para se chegar até esse patamar e tudo começou lá no ano de 1999, quando foi instituída a 9.787, de 10 de fevereiro daquele ano, autorizou a comercialização, por qualquer laboratório, de medicamentos cujas patentes estivessem expiradas.
Essa lei ficou popularmente conhecida como “Lei dos Genéricos”.
No ano seguinte à sanção da Lei dos Genéricos, uma reunião concorrida reunião ocorrida no auditório da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA), com a participação de lideranças empresariais e políticas locais, juntamente com representantes do Governo do Estado, marcou o primeiro passo para a implantação do Polo Farmoquímico do DAIA, como foi denominado naquele primeiro momento.
Em 17 de fevereiro de 2000, foi criada a Plataforma Tecnológica do Setor Farmacêutico de Goiás, por meio de um acordo de cooperação técnico-científico com o Ministério de Ciência e Tecnologia e as agências de fomento Finep e CNPq.
Esse arranjo produtivo resultou na criação do Instituto de Gestão Tecnológica Farmacêutica (IGTF), criado para dar suporte às empresas do setor, que experimentava grande escala de crescimento em razão da demanda gerada com os medicamentos genéricos.
O Polo Farmacêutico de Anápolis abriga cerca de 20 indústrias, algumas delas estão entre as maiores do país e da América Latina.
São milhares de empregos gerados, além de movimentar toda uma cadeia produtiva e fomentar, também, setores na área do conhecimento, da pesquisa e formação e qualificação de mão-de-obra.
DAIA
A comemoração do Dia da Indústria, também tem Anápolis como um referencial.
No dia 09 de novembro de 1976, com as presenças do então Governador de Goiás, Irapuan Costa Júnior e do então Presidente da República, General Ernesto Geisel, era inaugurado o Distrito Agro Industrial de Anápolis (DAIA),considerado um marco no processo de industrialização de Goiás, cuja economia tinha um perfil meramente comercial e agropecuário.
A política para a construção de distritos agroindustriais em Goiás teve o seu ápice no ano de 1973, no governo de Leonino di Ramos Caiado, com o advento da Lei nº 7.700 que previa isenções de impostos e criava a Superintendência de Distritos e Áreas Industriais, que ficaria responsável por escolher os locais e dotar de infraestrutura necessária para acolher as plantas industriais.
Leia também: Bancos de Anápolis passam por fiscalização mais intensa contra longas esperas no atendimento
Anápolis – que desde o início de sua história já tinha forte vocação comercial – acabou sendo estrategicamente escolhida para abrigar um polo industrial, sobretudo, por sua localização, entre duas capitais (Goiânia e Brasília); por estar no centro do País e ser servida por três rodovias federais – BRs 153, 060 e 414 – facilitando o escoamento da produção de Norte a Sul do País.
A história do DAIA tem alguns marcos importantes, dentre eles a implantação do Porto Seco, em 1999. Foi a primeira estação aduaneira interior (Eadi) da região Centro Oeste, criado por meio de concorrência pública e licenciado ao grupo empresarial vencedor do certame para a prestação de serviços aduaneiros.
Além da implantação do Polo Farmacêutico e da indústria automobilística, que ocorreu no ano de 2007, através da CAOA que, inicialmente, trouxe a parceria com a marca sul-coreana Hyndai. Essa parceria ainda continua e a CAOA agregou também a produção da marca chinesa Chery.
Duas bandeiras internacionais em um só complexo de produção. É um retrato sem retoques do quanto a indústria de Anápolis tem para revelar para Goiás, para o Brasil e para o mundo.
Indústria automotiva e polo farmacêutico retratam dinamismo do polo fabril de Anápolis
Comentários 2