A vocação econômica de Anápolis tem raiz em sua própria história: antes mesmo de se tornar num pequeno vilarejo, fundado por Gomes de Souza Ramos, a região era passagem de tropeiros e caixeiros viajantes que se dirigiam às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis), Bonfim (Silvânia) e Vila Boa (Cidade de Goiás). Com o passar dos anos, a cidade passou por ciclos econômicos distintos, demonstrando muito vigor.
O comércio foi sempre muito pujante e, a partir da década de 20, com a chegada dos primeiros imigrantes sírio-libaneses, entrou em uma nova fase. A Rua General Joaquim Inácio, no setor central, virou um ponto tradicional de vendas dos mais variados produtos, atraindo consumidores de diversas cidades vizinhas. Acompanhando o crescimento do comércio tradicional, em pouco tempo Anápolis se transformou num forte pólo de comércio atacadista. Muitas empresas se instalaram também no centro, onde ainda muitas delas estão em plena atividade.
Na década de 30, o município iniciou outro ciclo importante da sua economia, com as pequenas olarias que se transformaram em cerâmicas, abastecendo o mercado interno e, mais tarde, essas indústrias deram um suporte importante à construção de Goiânia e de Brasília. Agostinho de Pina e Jad Salomão foram alguns dos pioneiros desse segmento que, ainda hoje, é bastante desenvolvido na região.
A partir de 1935, com a chegada da Estrada de Ferro, o comércio anapolino se fortaleceu ainda mais. Um ano antes, surgia a primeira instituição financeira do município: o Banco Hipotecário e Agrícola de Goiás. No ano de 1936, era fundada a Associação Comercial que, naquela época ainda não abrigava o setor industrial. Albérico Borges de Carvalho foi o primeiro presidente da entidade.
Estrada de Ferro
A chegada da ferrovia e a construção de duas capitais – Goiânia e Brasília-, segundo os historiadores, impulsionaram o processo de êxodo rural. E, à medida que a população se concentrava na cidade, outras frentes de desenvolvimento iam surgindo. Nas décadas de 50 e 60, Anápolis ficou reconhecida como pólo de beneficiamento de arroz. Grandes cerealistas se instalaram na cidade. Embora se tenha relatos de empresas de beneficiamento de arroz e também de café, a partir da década de 20. De qualquer forma, foi este, também, um segmento robusto da economia.
A partir de 1976, Anápolis inaugura um novo ciclo, com a implantação do Distrito Agroindustrial (Daia), no governo de Irapuã Costa Júnior. Porém, até meados da década de 80, poucas empresas se instalaram no local. A arrancada começou com o programa de incentivos denominado Fomentar, criado no governo de Íris Rezende e que, anos mais tarde, foi transformado em produzir, no governo de Marconi Perillo. O povoamento do Daia se deu com empresas de vários ramos de atividade. Mas, a partir de 1999, com o advento da política nacional dos genéricos, foram criados instrumentos para atrair esse promissor segmento. Atualmente, são 19 laboratórios em funcionamento. É o segundo maior pólo produtor de genéricos do Brasil e terceiro na produção geral de medicamentos. E com grande potencial ainda de expansão. Organizações como a Roche e a Hypermarcas têm feito grandes investimentos, acreditando nesse potencial.
A partir de 2007, abriu-se um novo ciclo no processo de industrialização de Anápolis, com a instalação da montadora de veículos Caoa/Hyundai. Inicialmente, a unidade montou uma linha de produção para o utilitário leve HR e, a partir deste ano, iniciou a produção em série do Tucson, que deixará de ser fabricado na Coréia do Sul (origem da marca) para ser produzido no Brasil, a partir de Anápolis.
Município registrou mais de R$ 11 milhões em arrecadação de impostos com o turismo
A movimentação de atividades ligadas ao turismo, em Anápolis, gerou uma arrecadação de impostos na casa de R$ 11 milhões,...