Mais uma vez a história se repete e o Ribeirão Antas revela em sua superfície, em parte do seu curso, nas proximidades de Joanápolis, uma espuma branca e espessa, conforme mostram imagens encaminhadas à redação pela leitora Ana Paula Gomes Batista, proprietária rural daquela região.
No ano de 2018, a fazendeira já havia registrado uma situação semelhante. Além da espuma, a água exala mau cheiro, o que incomoda ainda mais os moradores da região que, com razão, ficam assustados com a cena. Isso, sem contar o problema da degradação no manancial, que tem importância para o Município não apenas do ponto de vista hídrico e ambiental, mas também sociocultural, já que o mesmo corta boa parte da cidade, no sentido Sul-Norte, e foi um dos atrativos para os primeiros moradores da região. Devido a sua existência, a localidade ficou conhecida, muito antes de virar cidade. Com o nome de Freguesia de Santana das Antas.
Nesta quarta-feira, 07/10, a redação do Portal CONTEXTO enviou as imagens produzidas por Ana Paula para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Habitação e Planejamento Urbano. A Pasta respondeu por nota, informando que vai encaminhar fiscais até o local e que, constantemente, fiscaliza toda a extensão do Ribeirão das Antas e que, tomando conhecimento de algum problema, são tomadas providências imediatas para corrigir lançamentos clandestinos, multando e notificando os responsáveis.
O secretário Fabrício Lopes da Luz reforçou, através de uma mensagem, que irá encaminhar ao Portal CONTEXTO o relatório da equipe de fiscalização, sobre o resultado da avaliação feita no local.
Caso passado
No dia 17 de outubro de 2018, portanto, a promotora de Justiça Sandra Mara Garbelini propôs ação civil pública contra a Saneago devido ao lançamento de efluentes não tratados no Ribeirão das Antas e a problemas de infiltração no talude das lagoas de decantação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Anápolis. O município também foi acionado por descumprir sua obrigação contratual de fiscalizar e exigir a eficiência dos serviços contratados na forma de concessão.
Ainda, não é possível saber se a espuma que apareceu no leito do Ribeirão Antas, tem alguma relação com este fato ocorrido há quase dois anos. Por isso mesmo, a redação do Portal CONTEXTO aguarda o relatório da Secretaria de Meio Ambiente, para realmente esclarecer qual seria a causa para, então, buscar um posicionamento.