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Dengue coloca Goiás em alerta. Número de óbitos aumentou cerca de 300%

de Claudius Brito
15 de dezembro de 2022
em Saúde
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Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) apontam que as cidades com maior número de casos notificados são Goiânia, Aparecida e Anápolis

O boletim epidemiológico de acompanhamento da dengue em Goiás, relativo à Semana 42, que vai de 2 de janeiro a 10 de dezembro deste ano, traz dados não muito animadores e que reforçam a necessidade de a população aumentar os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que é o vetor da doença e também causados de outras doenças como zika vírus, chikungunya e a febre amarela urbana.

Conforme levantamento realizado pelo CONTEXTO, esse ano, já são 266.892 casos notificados de dengue em Goiás. No ano passado, foram 75.386. Portanto, uma variação de 254,03%.

Os casos confirmados saltaram de 49.479 na semana 42 de 2021, para 185.208 na semana 42 de 2022, registrando-se, assim, um incremento de 274,32%.

Os municípios que até agora apresentam o maior número de casos notificados de dengue no Estado, são: Goiânia (58.216), com aumento de cerca de 403% em relação a 2021 (11.570); Aparecida de Goiânia (26.635), com aumento de 185% em relação a 2021 (9.342); Anápolis (26.330), com incremento de 574% comparado a 2021 (3.903); Jataí (11.274), com 403% de aumento em relação a 2021 (2.239) e Rio Verde (11.108), que registrou o maior aumento na comparação com 2021: cerca de 946% (1.062).

O boletim da SES-GO traz também os municípios com o maior coeficiente, considerando a variável de número de casos por 100 mil habitantes. Nesta avaliação, os cinco municípios com maior coeficiente, são: Buriti de Goiás (560/100 mil); Palestina de Goiás (491/100 mil); São Luiz de Montes Belos (457/100 mil); Jataí (351/100 mil) e Goianápolis (329/100 mil).

Óbitos

Mais preocupante ainda é o que revela a estatística dos óbitos causados por dengue e suas complicações. Este ano, até a Semana 42, já são 156 mortes confirmadas e há, ainda, 62 casos suspeitos, sob investigação.

Para se ter uma ideia, em 2021, foram registrados 39 óbitos. Assim, o quantitativo desse ano é quase que 300% superior em relação a todo o ano de 2021.

Os municípios com maior número de óbitos no registro oficial, são: Goiânia (44), Aparecida de Goiânia (13), Anápolis (11), Caldas Novas (10) e Jataí (08).

Ao todo, 51 cidades goianas já registraram ao menos um óbito por dengue e suas complicações este ano.

O mapa de acompanhamento mostra que, atualmente, 201 municípios de Goiás estão na classificação de baixo risco; 39 estão na classificação de médio risco e apenas 06 estão na classificação de alto risco.

Essa classificação, vale ressaltar, é tomada a partir do coeficiente, ou seja, o número de casos por 100 mil habitantes.

Em Anápolis, a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Saúde (Semusa), mantém um trabalho constante de prevenção e combate à dengue. São várias ações, desde a parte educativa ao trabalho em campo para a eliminação de criadouros do Aedes aegypti.

Inclusive, segundo informa a assessoria da pasta, nesta sexta-feira (16), o trabalho das equipes estará concentrado, principalmente, na região dos setores Jardim das Américas e Jardim Progresso.

Para a semana que vem, o cronograma de trabalho já está quase pronto. Assim, é importante que a população colabore com o trabalho das equipes. O que, sem dúvida, é um reforço indispensável e fundamental nessa guerra à doença.

Fique por dentro da dengue e previna-se!

O que é?

A dengue é a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil. É uma doença febril que tem se mostrado de grande importância em saúde pública nos últimos anos.

O vírus dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio.

O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença. É importante evitar água parada, todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.

Os principais sintomas da dengue são:

– Febre alta > 38°C;

– Dor no corpo e articulações;

– Dor atrás dos olhos;

– Mal estar;

– Falta de apetite;

– Dor de cabeça;

– Manchas vermelhas no corpo.     

Mas, atenção!!!

No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), apresentar quadro leve, sinais de alarme e de gravidade. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (>38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele.

Também podem acontecer erupções e coceira na pele. Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

Como é a transmissão?

O vírus da dengue (DENV) pode ser transmitido ao homem principalmente por via vetorial, pela picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas, no ciclo urbano humano–vetor–humano. Os relatos de transmissão por via vertical (de mãe para filho durante a gestação) e transfusional são raros.

Sobre o diagnóstico

Para o diagnóstico laboratorial da infecção aguda pelo DENV, podem ser realizados os exames descritos a seguir: Exames específicos

Métodos diretos

– Pesquisa de vírus (isolamento viral por inoculação em células);

– Pesquisa de genoma do vírus da dengue por transcrição reversa seguida de reação em -cadeia da polimerase (RT-PCR).

Métodos indiretos

– Pesquisa de anticorpos IgM por testes sorológicos (ensaio imunoenzimático – ELISA);

– Teste de neutralização por redução de placas (PRNT);

– Inibição da hemaglutinação (IH);

– Pesquisa de antígeno NS1 (ensaio imunoenzimático – ELISA);

– Patologia: estudo anatomopatológico seguido de pesquisa de antígenos virais por imuno-histoquímica (IHQ).

– Exames inespecíficos: O hematócrito, a contagem de plaquetas e a dosagem de albumina auxiliam na avaliação e no monitoramento dos pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de dengue, especialmente os que apresentarem sinais de alarme ou gravidade.

Alerta para a prevenção!!!

Embora existam estudos avançados para vacinas contra a dengue, atualmente nenhuma vacina mostrou-se viável para a prevenção da doença.

Portanto, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle para a dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e Zika), seja pelo manejo integrado de vetores ou pela prevenção pessoal dentro dos domicílios.

Deve-se reduzir a infestação de mosquitos por meio da eliminação de criadouros, sempre que possível, ou manter os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas/capas/tampas, impedindo a postura de ovos do mosquito Aedes aegypti. Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos devem ser adotadas por viajantes e residentes em áreas de transmissão. A proteção contra picadas de mosquito é necessária principalmente ao longo do dia, pois o Aedes aegypti pica principalmente durante o dia.

Proteção Individual

– Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas;

– Usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas. O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação. – Deve ser observada a existência de registro em órgão competente. Repelentes de insetos contendo DEET, IR3535 ou Icaridina são seguros para uso durante a gravidez, quando usados de acordo com as instruções do fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo 3 vezes ao dia;

– A utilização de mosquiteiros sobre a cama, uso de telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.

Tratamento

O tratamento para infecção pelo vírus dengue é baseado principalmente na reposição volêmica adequada, levando-se em consideração o estadiamento da doença (grupos A, B, C e D) segundo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, assim como no reconhecimento precoce dos sinais de alarme.

Para os casos leves com quadro sintomático recomenda-se:

  • – Repouso relativo, enquanto durar a febre;
  • – Estímulo à ingestão de líquidos;
  • – Administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre;
  • – Não administração de ácido acetilsalicílico;
  • – Recomendação ao paciente para que retorne imediatamente ao serviço de saúde, em caso de sinais de alarme.
Fique sabendo!

Os pacientes que apresentam sinais de alarme ou quadros graves da doença requerem internação para o manejo clínico adequado. Ainda não existe tratamento específico para a doença.

A dengue, na maioria dos casos leves, tem cura espontânea depois de 10 dias. É importante ficar atento aos sinais e sintomas da doença, principalmente aqueles que demonstram agravamento do quadro, e procurar assistência na unidade de saúde mais próxima. 

O indivíduo pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque pode ser infectado com aos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposto a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, o indivíduo para a ter imunidade para aquele sorotipo específico, ficando ainda susceptível aos demais. (Este quadro tem informações do Ministério da Saúde)

Rótulos: denguegoiássaúde

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