Historicamente, os políticos brasileiros, em sua maioria, sempre, gostaram de propriedades rurais. Desde pequenos sítios, a grandes fazendas. E, atualmente, de olho no agronegócio, que expande a cada dia que passa no Brasil, políticos de todas as regiões de todos os cargos (vereadores; prefeitos; deputados estaduais; govenadores, deputados federais e senadores) têm apostado na aquisição de terras. A região mais pretendida, segundo levantamento do Observatório do Agronegócio no Brasil (De Olho nos Ruralistas) é a conhecida por MATOPIBA (Maranhão; Tocantins, Piauí e Bahia). Mas, Goiás e Mato Grosso, também, registram muitos políticos latifundiários e alguns que estão se iniciando no agronegócio.
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Os dados são coletados a partir das declarações de bens que eles apresentam quando do registro de suas candidaturas. O mais recente levantamento foi feito em 2019. Ao todo, os deputados federais são donos de 43,9 mil hectares de terra, espalhados por 13 estados. Os senadores, apesar de serem em menor número – 81 para 513 deputados – respondem por uma área maior. No total, somam 107,8 mil hectares. Os suplentes de senadores, que são escolhidos durante a formação das chapas, concentram outros 37,5 mil hectares de terra. Um novo levantamento, mais profundo, está em elaboração e deve acrescentar um bom número de políticos que migraram, ou, estão em migração dos negócios urbanos, para a compra de terras.