Prestes a completar 118 anos, Anápolis tem muitos desafios. Aliás, como a grande parte dos municípios brasileiros, que surgiram sem planejamento. Um deles é com relação a acessibilidade.
Essa palavra, acessibilidade, faz referência à condição de permitir que todas as pessoas, incluindo aquelas com deficiência ou mobilidade reduzida, possam utilizar e interagir com espaços, serviços e informações de forma autônoma e segura.
Pois bem, Anápolis por não ser uma cidade planejada, carrega alguns problemas que remontam décadas e são de difícil solução, como por exemplo, as calçadas dos imóveis. Ainda são em uma proporção pequena aquelas que garantem acessibilidade.
Recentemente, o IBGE trouxe um dado do Censo de 2022, destacando que 6,5% da população censitária (era de 398.869), possuía algum tipo de deficiência. Estamos falando, portanto, de quase 26 mil pessoas. E esse número deve ser maior, porque a população estimada, no ano de 2024, saltou para 415.847. Se pegarmos o mesmo percentual, temos aí mais de 27 mil pessoas.
E o problema da acessibilidade não fica restrito às pessoas com deficiência física, mas também aquelas que têm deficiência de mobilidade, como, por exemplo, idosos e mulheres grávidas.
Têm sido cada vez mais recorrentes, casos de idosos que vão parar nas unidades de saúde, com problemas graves, em decorrência de quedas em calçamentos precários.
Portanto, essa questão é também um problema até de saúde pública. Daí, a necessidade de um olhar especial para o planejamento urbano da cidade, daqui para os próximos anos, para que as gerações futuras possam colher bons frutos de atitudes que podem ser tomadas agora, a partir de novas leis, normas e, sobretudo, da consciência dos cidadãos em cuidarem das próprias calçadas.
É um desafio, portanto, que se coloca não apenas para o poder público, mas para toda sociedade, lançar esse olhar sobre a acessibilidade. Está em tempo!
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