O Brasil segue uma tendência global de desaceleração na taxa de natalidade, com as famílias se tornando cada vez menores ao longo dos anos. Esse fenômeno, fundamentado em várias explicações, resulta em um envelhecimento preocupante da população. Alguns países já implementam programas de incentivo ao crescimento familiar, oferecendo prêmios financeiros a casais dispostos a ter mais filhos, visando questões econômicas.
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Apesar do avanço tecnológico, com máquinas substituindo humanos em diversas tarefas, a força de trabalho humana continua sendo essencial. No entanto, o rápido envelhecimento populacional torna difícil encontrar substitutos, uma vez que os idosos se aposentam ou falecem, e a força de trabalho disponível é insuficiente para uma substituição imediata, um problema que afeta quase todo o mundo, inclusive o Brasil.
Segundo a Divisão de População da ONU, o Brasil enfrentará um declínio significativo na população até 2100, com uma diminuição de 31,9 milhões de habitantes, representando uma queda de 15%. O IBGE relata uma queda acentuada no número de nascimentos, atingindo o menor índice desde 1977. Todas as regiões brasileiras registraram declínio, com Nordeste e Norte liderando. O Sudeste lidera em número de nascimentos, apesar de uma queda de 2,6% em relação a 2021.
Essa tendência não é exclusiva do Brasil. Países como Japão, Bulgária, China, Coreia do Sul e Taiwan também enfrentam baixas taxas de natalidade, trazendo preocupações econômicas e sociais. As razões para esse declínio incluem mudanças sociais e os impactos da pandemia de COVID-19.
Estudos recentes apontam que o Japão perderá 16,3% de sua população até 2050, seguido pela Bulgária com 22,5%. Essa redução é atribuída à diminuição da taxa de natalidade e às mortes causadas pela COVID-19. Países tradicionais como Geórgia, Letônia, Lituânia, Estônia, Ucrânia, Rússia, Armênia e República da Moldávia também enfrentam perdas populacionais significativas.
Em suma, a involução populacional é um desafio global que exige soluções urgentes para garantir a sustentabilidade demográfica e o bem-estar das sociedades.