João Pedro Miyada
A Constituição Federal enaltece a proteção dos direitos difusos, especialmente, a educação. A partir dessa concepção, nota-se as adversidades para alfabetização no País. Essa conjectura deriva-se de forma irrefutável graças à hipervalorização do trabalho, em detrimento da educação. Assim, observa-se o surgimento de problemáticas como a evasão de jovens das escolas pelo trabalho infantil e o analfabetismo funcional nas redes sociais.
A princípio, compreende-se como uma das problemáticas relevantes a fuga de crianças e adolescentes dos colégios graças ao serviço infantil.
Tal adversidade é resultado inegável da prioridade ao trabalho em vez dos estudos. Consequência disso é o cansaço do trabalho que dificulta o acompanhamento das aulas e leva o mesmo a deixar a escola e tornar-se analfabeto futuramente.
A exemplo, de acordo com relatório do Unicef, 21% dos adolescentes entre 15 e 17 anos no Brasil trabalham e estudam ao mesmo tempo. Resultado de tal evasão tem-se o analfabetismo funcional nas redes sociais. Nesse espaço, estes expõem suas opiniões desinformados do sentido da alfabetização do que digitam. Isso ocorre, sobretudo, em decorrência do excessivo uso de abreviações.
Consequência deste excesso é a normalização do erro nas mensagens. O uso de abreviações torna-se tão trivial que o usuário se esquece do uso correto da língua. A exemplo: a pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Analfabetismo Funcional 2018 aponta que cerca de 30% dos brasileiros entre 15 e 64 anos fazem parte desse grupo.
De acordo com I. Kant “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”. Diante desse cenário, as problemáticas em questão requerem intervenção. Portanto, faz-se ímpar um procedimento em que os municípios elaborem leis que obriguem relações de trabalho e estudo através de cursos capacitadores ou escolares, com a finalidade de atender a preferência de todos.
Além disso, será realizada uma ação tecnológica que criará aplicativos corretores de erros linguísticos e orientar o uso correto das palavras nas redes. Isso tudo será realizado no intuito de proteger os direitos à educação, garantidos na Lei Maior.