Bioma já perdeu 50% da vegetação, diz levantamento.
No dia 11 de setembro é celebrado o Dia Nacional do Cerrado, mas devido aos constantes incêndios e desmatamentos, não há nada para se comemorar.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Cerrado perdeu 236 mil km², no período de 2000 a 2015.
Já no ano de 2020, o desmatamento foi de 7,3 mil km². Segundo o Inpe, no mês passado, o bioma teve a maior área sob alerta de desmatamento desde 2018.
De acordo com um levantamento feito pela ONG WWF, de 1970 até 2018, a perda de bioma no Cerrado foi de 50%, mais que o dobro da Amazônia, que perdeu 20%.
Segundo o engenheiro florestal e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Fábio Venturoli, o desmatamento é um processo que sempre esteve atrelado ao desenvolvimento econômico.
“Temos consequências, porque ele provoca uma série de alterações no meio ambiente, desde a abertura de áreas, onde o solo fica desprotegido, o aumento da erosão e a perda da camada fértil do solo”, destaca.
Ainda segundo o especialista, os impactos negativos também implicam na perda direta da fauna.
O Código florestal permite que seja preservado apenas 20% das propriedades como reserva legal.