Foi lançada esta semana a campanha ambiental “Do Meu Lixo Cuido Eu”, idealizada por Tião Santos, presidente da Associação de Catadores de Jardim Gramacho e consultor do BID. A campanha, destacada em uma série documental, enfatiza a importância da coleta seletiva e promove práticas sustentáveis no Brasil.
A campanha visa incentivar a coleta individual como rotina diária, valorizar a conscientização sobre o descarte correto das embalagens pós-consumo e apoiar políticas públicas para a gestão de resíduos sólidos. É também parte da iniciativa da Virada Parlamentar Sustentável.
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A esperança é que os brasileiros saiam da “zona de conforto” de discursos, artigos e palestras, e passem à prática. De nada adianta lançar campanha e gastar dinheiro sem ação prática, como ocorreu em tempos anteriores. A prática é essencial para o sucesso da campanha.
Seguindo a sabedoria popular de que “um gesto vale mais do que mil palavras”, os brasileiros devem adotar práticas construtivas para salvar o que resta do meio ambiente. A campanha sugere que todos iniciem ações positivas hoje, encontrando um denominador comum contra a destruição ambiental.
A campanha não é apenas para áreas urbanas; o homem do campo também causa danos ambientais com queimadas, desmatamento e uso de defensivos agrícolas. No meio urbano, a falta de respeito à natureza é evidente, agravando os problemas ambientais que enfrentamos.
Em média, cada brasileiro produz 1,5 kg de lixo por dia, totalizando 540 kg por ano. Grande parte desse lixo poderia ser reciclada, mas não é. Falta educação ambiental, e combatemos o desperdício, jogando dinheiro no lixo, literalmente. Precisamos mudar essa realidade.
Se levássemos a sério a campanha e cuidássemos do nosso lixo, teríamos um ambiente melhor. Precisamos aprender a reaproveitar, reciclar e redimensionar nossos hábitos. Mesmo após 14 anos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a reciclagem ainda enfrenta desafios significativos. A indiferença só piora o cenário.