Resultado do encontro, foi publicada a declaração final da cúpula, que resultou num documento de 24 páginas com 85 pontos que foram alinhavados pelos grupos de trabalho e colocados à apreciação dos Chefes de Estado.
Entre os pontos dessa declaração do G20, há um deles que trata de questões ligadas às tecnologias digitais, entre elas, as plataformas de comunicação e a Inteligência Artificial.
“Nós nos comprometemos a aproveitar o potencial das tecnologias digitais e emergentes para reduzir as desigualdades. Nós reconhecemos que a inclusão digital requer conectividade universal e significativa, e que as soluções de governo digital são essenciais para melhorar a vida das pessoas, ao mesmo tempo em que protegem a privacidade, os dados pessoais, os direitos humanos e as liberdades fundamentais”, destaca o texto.
O documento aponta que os líderes reconhecem a contribuição da infraestrutura pública digital como uma ferramenta para uma transformação digital equitativa, bem como para “reduzir as divisões existentes e empoderar sociedades e indivíduos, incluindo todas as mulheres, meninas e pessoas em situações de vulnerabilidade”.
Ainda, afiança o reconhecimento de que as plataformas digitais remodelaram o sistema digital e as interações online, “amplificando a disseminação de informações e facilitando a comunicação dentro e além das fronteiras geográficas”.
Inteligência Artificial
Por outro lado, observa o documento que a digitalização do campo da informação e a evolução acelerada de novas tecnologias, como a inteligência artificial, “impactaram dramaticamente a velocidade, a escala e o alcance da desinformação não intencional e intencional, discurso de ódio e de outras formas de danos online”.
“Nesse sentido, enfatizamos a necessidade de transparência e responsabilidade das plataformas digitais, em linha com as políticas relevantes e os marcos legais aplicáveis, e trabalharemos com as plataformas e as partes interessadas pertinentes a esse respeito”.
Destaca também que “a transparência, com as salvaguardas apropriadas, a explicabilidade sobre dados, algoritmos e moderação de conteúdo que respeitem os direitos de propriedade intelectual e a privacidade, e a proteção de dados podem ser fundamentais para a construção de ecossistemas de informação saudáveis”.
“No contexto do compartilhamento de dados, nós reafirmamos a importância de facilitar fluxos transfronteiriços de dados e o fluxo livre de dados com confiança, respeitando os marcos legais domésticos e internacionais aplicáveis, e reconhecendo o papel dos dados para o desenvolvimento”, finaliza o texto.
Veja aqui a íntegra do documento
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