Depois de duas suspensões da licitação para as obras de adequação do Aeroporto Civil de Anápolis para transformá-lo em um terminal de cargas aéreas, visando complementar o projeto global da Plataforma Logística Multimodal de Goiás, outra questão volta a preocupar a classe empresarial. Na última reunião ordinária da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia), um empresário que é proprietário de hangar, na área do aeroporto, solicitou que a entidade solicite à Goiás Parcerias, um parecer oficial sobre o que está previsto, no projeto, em relação a estes hangares.
O presidente da Acia, Ubiratan Lopes, defendeu que os hangares permaneçam, já que ali estão por vários anos e são mantidos por empresários e empresas. Mas, segundo ele, informações extra-oficiais dão conta de que os hangares não seriam preservados. Entretanto, ressaltou que a primeira providência será levantar a situação real. Ou seja: quantos são os hangares e há quanto tempo existem. De posse de todas as informações disponíveis, será encaminhado um ofício à Goiás Parcerias, buscando maiores esclarecimentos a respeito desta questão.
As primeiras informações são de que existem, na área do Aeroporto JK, oito hangares, alguns deles instalados há mais de 20 anos. O único permissionário que estaria totalmente documentado, é a missão evangélica “Asas de Socorro”, que já realiza um trabalho de quase cinco décadas no município, inclusive, com escola de aviação e oficina mecânica para aeronaves. Os demais teriam, apenas, permissões precárias.
Entretanto, segundo o superintendente do Porto Seco Centro-Oeste, Edson Tavares, que tem acompanhado essa questão, inclusive, a pedido da secretaria estadual de Planejamento, não se pode desconsiderar a dívida de gratidão que a cidade deve ter para com esses empresários, pois se os mesmos lá não estivessem, provavelmente, toda a área acabaria sendo objeto de invasão. Além disso, há empresários e empresas que fizeram investimentos no local, fato que também não pode ser ignorado.
De acordo com Edson Tavares, o projeto do Aeroporto de Cargas não prevê a manutenção dos hangares, exceto o de “Asas de Socorro”. A alternativa seria a construção de novos hangares em outro local. “Orientei a esses empresários, que seria interessante a criação de uma associação, para facilitar as negociações”, ponderou, não descartando a possibilidade de que possa ser desencadeada alguma pendência jurídica. Entretanto, Edson Tavares observou que há o interesse dos empresários em fazer essa discussão.
A redação tentou fazer contato com o diretor de “Asas de Socorro”, pastor Rocindes José Corrêa, que é, também oficial da reserva da Aeronáutica, profundo conhecedor do assunto e que poderia contribuir com mais informações para a reportagem. No entanto, ele se acha em viagem e só retorna na próxima semana.
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