Dupla história
A vereadora Andreia Rezende (Avante) tem uma grande responsabilidade ao longo do seu segundo mandato na Câmara Municipal de Anápolis e, em especial, nos dois anos que ela estiver à frente da presidência da Casa de Leis, como primeira mulher a ocupar o cargo. Claro que isso traz um significado e um peso.
Contudo, ela já demonstrou, antes mesmo de assumir o cargo, sua capacidade de articulação. O que não é de se estranhar. Afinal, ela é da família Batista. Seu pai, Amilton e o irmão, Amilton Filho, já foram também presidentes.
Assim, pode-se dizer, é uma dupla história, ela como a primeira mulher a conduzir o parlamento anapolino e o fato de três pessoas de uma mesma família terem exercido a presidência do Legislativo anapolino.
Oposição
Ainda é cedo para ver como será, de fato, como será a oposição ao prefeito Márcio Corrêa, na Câmara Municipal.
Na sessão extraordinária ocorrida a poucos dias, houve vozes destoantes da maioria que hoje está com o atual chefe do Executivo, entre elas, os vereadores Domingos Paula (PDT), Cabo Fred Caixeta (PRTB) e Luzimar Silva (PP). Pontos de interrogação para Alex Martins (PP) e Thaís Souza (Republicanos).
Além, claro, dos dois vereadores do PT, Professor Marcos e Rimet Jules.
Essa questão também passa pelo tipo de oposição que será feita: se mais pesada ou se mais branda. De toda forma, independente de quem será ou não oposição, é importante, sim, ter o outro lado para mostrar caminhos que podem ser seguidos pela Administração, além daqueles que estão no alcance do olhar de apoiadores.
Líder na Câmara
Após a eleição da Mesa Diretora, as atenções na Câmara Municipal se voltam para a escolha do líder do Executivo na Casa. Essa escolha é pessoal, do prefeito Márcio Corrêa, que ainda não sinalizou nenhuma indicação.
Nomes surgem aqui e ali. Entre eles os vereadores Wederson Lopes (UB) e Jean Carlos (PL). Com mais possibilidade para Jean, que é do partido de Márcio e, na legislatura passada, teve uma atuação mais independente em relação ao governo de Roberto Naves (Republicanos).
Wederson foi secretário de Roberto, mas isso, claro não seria um impeditivo, embora não deixe de gerar alguma desconfiança entre os vereadores mais próximos de Márcio Corrêa.
E, pode ser que saia outro nome. E esse nome pode ser José e o sobrenome, Fernandes (MDB). Tudo pode acontecer. É aguardar!
Pé no acelerador
O prefeito Márcio Corrêa está com o pé no acelerador, desde a sua posse no cargo, dia 1º de janeiro. Reuniões e mais reuniões e eventos.
Na quarta-feira (08/1) era pouco mais das 7 horas quando ele abriu o mutirão de limpeza. Nos últimos dias, ele estava fechando a prefeitura à noite e fazendo visitas a unidades de saúde e outras obras. Uma verdadeira maratona, para quem já veio de uma campanha que é uma coisa bem desgastante, depois a pressão na formação de equipe, transição.
Mas, obviamente, isso já era esperado por ele e vai chegar a hora que vai dar para tirar um pouco o pé do acelerador, deixar de olhar o retrovisor e olhar para frente.
- Dois anos se passaram do dia 8 de janeiro de 2023, com o ataque às sedes dos poderes, em Brasília. Menos de dois anos separam os brasileiros de mais uma eleição presidencial. Como será 2026? Mais divisão?
- As sessões ordinárias da Câmara só voltam a acontecer a partir do dia 3 de fevereiro, com o fim do recesso parlamentar. Mas, gabinetes e outras atividades no Legislativo anapolino estão a pleno vapor.
- Quem estava acostumado aos rostos costumazes nos eventos do ex-prefeito Roberto Naves vai estranhar a quantidade de rostos novos da gestão Márcio Corrêa. Mas, logo, se acostuma.
- Presidente do PL Municipal, o ex-vereador e suplente de senador, Hélio Araújo, não sabe se fica ou se deixa o comando da legenda, cuja liderança maior hoje é o prefeito Márcio Corrêa.
- O ex-vereador Amilton Batista tem circulado com desenvoltura nos eventos da atual gestão. Mas, não se tem sinalização se ele irá, ou não, participar diretamente da gestão em algum cargo.
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