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Em cinco meses, 120 casos de abuso sexual em Anápolis

de Claudius Brito
20 de maio de 2012
em Geral
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Delegada Kênia Batista Dutra Segantini - “São processos de natureza grave

Delegada Kênia Batista Dutra Segantini - “São processos de natureza grave

O mundo moderno trouxe para o seio das famílias o acesso fácil à informação com o telefone celular e a internet. O progresso traz conforto, facilidades, comodidades e oportunidades. Mas, há também o outro lado da moeda e o volume de informações que seria em princípio, uma conquista, se transforma em drama para algumas famílias. Nessa nova era, o conceito de pedofilia, travestiu-se da sua forma mais perversa para aliciar crianças e adolescentes.
Nos dicionários, pedofilia é descrita como “amor à crianças”; “atração sexual de um adulto por crianças”. Na prática, a aplicação do termo é bem mais grave e angustiante, pois está relacionado à práticas libidinosas; exposição; violência ao pudor; aliciamento para prática de sexo e, até, prostituição infanto-juvenil de meninas e meninos.
Os dados sobre o problema são estarrecedores. Em Anápolis, este ano, até neste mês de maio, 120 boletins de ocorrência foram registrados na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), somente relacionados a abuso sexual. Um número considerado alto pela titular da especializada, Delegada Kênia Batista Dutra Segantini. Segundo ela, o número crescente se deve a vários fatores, como a pré-disposição maior das pessoas em denunciarem os casos, assim como os instrumentos que são colocados à disposição da sociedade, como o Disque 100, pelo qual as pessoas podem formular as denúncias sem a necessidade de se identificar.
Mesmo contando com estrutura precária, principalmente de pessoal (a DCPA conta apenas com dois agentes e uma escrivã e, ainda, está acumulando com a Delegacia de Apuração de Atos Infracionais-DEPAI) a especializada tem conseguido manter um bom nível de resolutividade. No ano passado dos 111 inquéritos abertos, 78 foram concluídos e remetidos ao Judiciário. Este ano, de 78 inquéritos concluídos, 49 foram remetidos ao Judiciário. No entanto, ainda há um grande acúmulo, com 195 inquéritos as serem concluídos e remetidos ao Judiciário, em sua grande maioria, relacionado com crimes de abuso e exploração sexual. “São processos de natureza grave, complexos e temos que ter muito cuidado”, pondera a Delegada, observando, entretanto, que a despeito das dificuldades, é um trabalho “instigante, mas que sentimos a importância da nossa atuação, porque podemos contribuir para mudar a vida de uma criança”, assinalou.
Ainda com relação ao trabalho da DCPA, a Delegada Kênia Segantini ressala que em boa parte dos casos, é necessário colher o depoimento da criança abusada, o que é feito por uma psicóloga do Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas), que elabora um relatório de avaliação que embasa os inquéritos. E, devido ao grande número de ocorrências, acaba também havendo um acúmulo. Quanto a questão de a DCPA e a DEPAI estarem juntas, a delegada afirmou que o desmembramento deve ocorrer em cerca de 90 dias, o que contribuirá para que os trabalhos da DCPA possam ser agilizados.

Celular
A Delegada Kênia chama atenção, em relação à pedofilia, que o aliciamento de menores tem ocorrido muito com o uso de telefone. O que vale de alerta aos pais, que não devem se preocupar, apenas, com a internet.

A cada denúncia, há 4 casos que ficam silenciosos
Em Anápolis, o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) recebe, a cada mês, em torno de 15 ocorrências relacionadas à pedofilia e abuso praticados contra crianças e adolescentes. Os casos, em grande parte, são tão estarrecedores, que a coordenadora do órgão, Andréa Ferreira Lins, pede que não sejam divulgados os detalhes por que, de alguma forma, as vítimas acabam se identificando e mergulhando no interior de uma história, da qual jamais queriam ter entrado. Isso porque, na maioria dos casos, sobretudo, de abuso sexual, o protagonista é alguém próximo: um pai; um padrasto, um amigo próximo da família. Ou seja: o perigo mora ao lado.
O Creas, de acordo com Andréa Lins, surgiu em 2005, no âmbito da Política Nacional de Assistência Social, com o objetivo de ofertar e referenciar serviços especializados de caráter continuado para famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, por violação de direitos, no caso, abrangendo não só crianças e adolescentes, mas também as pessoas idosas, moradores de rua, dentre outros segmentos marginalizados da sociedade.
No caso específico do apoio às crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual, o Creas conta com uma equipe multidisciplinar composta de psicólogos, assistentes sociais, educadores sociais, dentre outros, para prestarem o atendimento às vítimas e aos seus familiares, além de desenvolver ações de caráter preventivo nas escolas junto aos alunos, pais e educadores.
O Creas, entretanto, destaca Andréa Lins, não está sozinho nessa empreitada. Já de algum tempo, em Anápolis, foi estruturada uma rede de atendimento com o envolvimento de diversos componentes da sociedade organizada: Conselhos Tutelares; Juizado da Infância e Adolescência; Ministério Público; ONG Cruzada pela Dignidade; Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente; Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, instituições de acolhimento, escolas e vários outros.
As vítimas de abusos encaminhadas pelos Conselhos Tutelares e pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, chegam ao Creas e recebem atendimento da equipe profissional. “Cada caso é um caso”, pondera Andréa Lins, observando que, em média, as crianças e adolescentes passam de quatro a seis meses em acompanhamento. Porém, dependendo da gravidade do caso, o tratamento, muitas das vezes, pode ser bem mais prolongado e, nem sempre, as sequelas são extintas. “São cicatrizes que nunca se apagam”, avalia a coordenadora do Creas. Segundo Andréa Lins, é fundamental que a família ou o responsável pela criança e/ou adolescente-vítima esteja presente apoiando, até mesmo, para que elas se sintam seguras frente à denúncia, o que não ocorrendo, pode ser um agravante ao trauma já sofrido.

Denúncias
O dado de 15 ocorrências por mês pode, em princípio, não parecer muito assustador. Mas, há estatísticas sobre esta questão, revelando que para cada caso que chega ao conhecimento das autoridades, há outros quatro, pelo menos, que ficam acobertados. Ou seja, o problema é realmente mais sério do que se imagina e, por isso, é necessário que as famílias estejam atentas, que se interessem em observar, cada vez mais, o comportamento dos filhos, por que sempre há sinais evidentes de que a criança ou o adolescente sofreu abuso ou mesmo foi vítima de assédio. Neste caso, principalmente, com relação à internet, que passou a ser um instrumento fácil para os pedófilos chegarem às vítimas. A coordenadora do Creas pondera que é necessário não proibir, mas restringir e acompanhar o que os filhos estão fazendo na internet que, é uma ferramenta de extrema utilidade para a formação dos jovens, mas pode, também, ser uma arma.
Atualmente, os pais ou responsáveis pelas crianças e adolescentes, podem denunciar os casos seja de pedofilia ou de abuso, através dos conselhos tutelares ou pelo telefone 0800-646-1117. Há, também, disponível, o Disque 100, em nível nacional.

Rotary promove concentração contra abuso
Uma iniciativa inédita e pioneira liderada pelo Rotary Clube Anápolis, promete chamar a atenção da sociedade anapolina para a questão. No próximo sábado, 19, será realizada a I Concentração de Apoio ao Combate do Abuso e Exploração de Crianças. O vai acontecer na Praça Dom Emanuel.
Segundo Lígia Desrrigo, uma das organizadoras, a iniciativa ganhou total respaldo por parte das demais unidades rotarianas de Anápolis, ou seja, os Rotary Clubes Oeste; Leste; Norte, Jundiaí e Nova Geração que se prontificaram em colaborar na obtenção de recursos para o evento, além das colaborações individuais dos membros do clube do serviço, de suas empresas e de profissionais que, em suas respectivas áreas de atuação, também colaboraram e estão colaborando com a iniciativa. O CONTEXTO apoia a realização do evento.
“É um trabalho de parceria”, narra Lígia Desrrigo, destacando que foi criado um hot site do evento que deverá permanecer atualizado com informações acerca do tema. Para o ano que vem, diz ela, a intenção é fazer um evento ainda maior. “Nosso objetivo não é fazer denúncia, mas conscientizar a sociedade”.
Além da distribuição de material informativo e educativo para o público que comparecer à Praça Dom Emanuel, haverá uma série de atrações oferecidas às crianças, com a participação de palhaços, realização de jogos e muitas guloseimas (pipoca, algodão doce, dentre outras). “Será um dia de informação e diversão”, arremata Lígia.

Programação
14h- Inícioabertura oficial
14h30- Orquestra Criar e Tocar
15h20- Orquestra infantil
15h30- Dança do Grupo Cowboys Arrojados
15h30- Apresentação de Capoeira
15h35- Apresentação Berranteiro
15h40- Apresentação da dupla Vinícius e Venâncio
16h40- Apresentação de dupla sertaneja
17h20- EncerramentoShow com Roberto Brenner

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