Na última quarta-feira (02), a Companhia de Desenvolvimento do Estado de Goiás (Codego)- autarquia que tem como objetivo criar e manter os distritos industriais goianos- entre eles, o Distrito Agro Industrial de Anápolis (DAIA), realizou um evento para atrair investidores ao segundo edital do chamado DaiaPlam, que é uma extensão do atual polo fabril, dentro de uma área de 1,7 milhão de metros quadrados que deveria abrigar o projeto da Plataforma Logística Multimodal, um projeto ambicioso mas que nunca saiu do papel.
Nessa solenidade, com a presença de várias autoridades dos governos estadual e municipal, lideranças políticas e empresariais, essa questão relacionada ao fim da guerra fiscal foi lembrada na entrevista que o prefeito Márcio Corrêa concedeu à imprensa e que depois ecoou durante o evento.
O chefe do Executivo anapolino ressaltou, na ocasião, que a ampliação de área vem solucionar um problema antigo no DAIA. Contudo, observou que a retomada e o fortalecimento do protagonismo industrial de Anápolis passam por outras vias.
Márcio Corrêa lembrou que Anápolis foi considerada a “locomotiva” do desenvolvimento de Goiás durante décadas, mas nos últimos anos veio perdendo espaço para outros municípios.
Novas estratégias
Segundo o prefeito, o fim da guerra fiscal deverá trazer mudanças e, na sua avaliação, dentro desse novo contexto, novas estratégias devem ser adotadas no sentido de atrair o capital privado, sobretudo, para a indústria.
Na sua avaliação, esse novo cenário exigirá ao menos quatro pilares entre os atrativos. São eles: oferta de infraestrutura, desburocratização, melhoria do ambiente de negócios e mão de obra qualificada.
O primeiro pilar está alinhado com a estratégia do DaiaPlam, que oferta área com preço subsidiado em até 75% o metro quadrado de área para os projetos que forem selecionados no segundo edital lançado pela Codego. O espaço, conforme a própria companhia, já conta com infraestrutura de água, esgoto, energia elétrica e ruas pavimentadas.
A desburocratização, segundo Márcio Corrêa vem casa com a melhoria no ambiente de negócios. Neste sentido, ele citou a criação do Alvará Único, pelo qual o empreendedor não precisará bater em várias portas e em cada uma delas ter um documento.
Em relação à mão de obra qualificada, a Prefeitura também já vem alinhando o lançamento de dezenas de cursos de formação e capacitação gratuitos em parceria com o governo estadual.
Trocando em miúdos, já se tem um caminho que começa a ser trilhado para o período pós-guerra fiscal. Obviamente que os demais estados e municípios vão também se movimentar no mesmo objetivo, ou seja, atrair os investimentos.
Mas, Anápolis tem história e tem uma logística diferenciada para o acolhimento de plantas fabris. A hora, portanto, é de ampliar o “arsenal” estratégico não apenas para atrair novas indústrias, mas manter e estimular as existentes a ampliarem suas produções.
Leia também: Anápolis já mira desafios na atração de investimentos com fim da guerra fiscal
