A cada dia que passa, mais e mais lojas são abertas para o atendimento a animais de estimação. Em Anápolis calcula-se serem mais de 200 estabelecimentos
Mesmo com uma ligeira queda na taxa de crescimento, o mercado pet no Brasil, ainda, é um dos mais rentáveis segmentos econômicos da atualidade. Segundo o Instituto Pet do Brasil, o País contava, até o ano passado, com 285 mil estabelecimentos do gênero legalmente instalados, sendo este um dos setores econômicos que menos sofreram com a pandemia da covid-19 e seus desdobramentos. A totalidade dos estabelecimentos para pet dá uma média de 51 endereços para cada município brasileiro, com lojas variadas, cujos “clientes” são os bichos de estimação, cães e gatos, principalmente.
Em Anápolis, segundo números do Portal Econodata, eram mais de 100 estabelecimentos devidamente inscritos na Junta Comercial do Estado até o ano passado. Mas, tem-se como certo que a quantidade real seja, pelo menos, o dobro disso. Eles se espalham por toda a Cidade, independentemente da questão socioeconômica do setor. São petshops dos mais diferentes níveis e gostos, subentendendo que o brasileiro gosta, muito, dos chamado animais de estimação. Não há informação da existência de uma entidade ligada ao setor (associação, sindicato, e afins) para se avaliar, mais detalhadamente, as implicações desse fenômeno social que não para de crescer.
De clínicas sofisticadas, que mantêm veterinários e técnicos à disposição 24 hora por dia, até estabelecimentos mais populares, destinados, quase que exclusivamente a atividades como banho e tosa, os serviços são ofertados para todos os gostos e bolsos. Alguns desses locais oferecem mais que isso: hospedagem, tratamento psicológico, massagens, roupas e adereços próprios, transporte em veículos especiais para deslocamentos entre o petshop e o endereço do proprietário do bicho, brinquedinhos e outros mimos para cães e gatos de todos os portes e de todas as raças.
Muito dinheiro
E, tudo isso tem um preço. Segundo o site “Cães e Gatos”, o faturamento oficial do segmento pet gerou, no ano passado, nada mais, nada menos que 68 bilhões e 400 milhões de reais, cifras que seriam bem maiores, se todos os estabelecimentos estivessem devidamente registrados nos órgãos competentes. Outro dado importante é que o segmento faz parte de uma cadeia cada vez mais crescente de fabricação de produtos próprios, como rações, medicamentos, cosméticos e outros tipos de assistência que apareceram nas duas últimas décadas.
Há de se ressaltar, ainda, a comercialização de filhotes e, até, animais adultos, de raças exóticas, com valor exorbitante cobrado por animal. E, também, a formação de novas vertentes profissionais, como nutricionistas, tosadores, assistentes de veterinária, especialista em banhos e outros procedimentos. E, para quem tem mais condições, já existem os planos de saúde para pets. Sem contar que em outras cidades, inclusive Goiânia, já funcionam cemitérios e crematórios para pets.
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