A falta da definição de um projeto específico de ativação da Plataforma Multimodal é preocupante, na visão do Presidente da Associação Comercial e Industrial de Anápolis, Ubiratan Lopes da Silva. Para ele, não há o que se pensar em implantação do entreposto da Zona Franca de Manaus, enquanto não se efetivar um projeto específico de gestão da Plataforma e, principalmente, não se definir quanto à modificação do Aeroporto Civil para aeroporto de cargas. Para Ubiratan Lopes, “a Plataforma Multimodal de Anápolis, inaugurada há mais de dois anos, nada mais é do que uma grande faixa de terras, com 123 alqueires, sem nenhuma serventia, na qual o Governo do Estado gastou, até agora, 22 milhões de reais”.
De acordo com o líder classista, Anápolis corre o risco de ficar sem grandes empreendimentos, justamente pela falta de uma ação mais agressiva no aspecto político, definindo-se questões que já estão atrasadas. Ele criticou, por exemplo, a morosidade em se criar alternativas de expansão para o Distrito Agro Industrial de Anápolis, não só pela quantidade de terrenos cedidos a empresas que nunca edificaram nada, como, também, a imperiosa necessidade de ser ampliar a área do Daia. Ubiratan dize-se preocupado pela a agilidade com que Aparecida de Goiânia está abrindo espaços para novos empreendimentos. Recentemente o Prefeito Maguito Vilela anunciou a implantação de 29 novos projetos industriais naquela cidade. “Não que lá não possam ser instaladas indústrias. Não é isso. Em São Paulo, por exemplo, o ABC (Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul) Paulista é o maior centro industrializador do Brasil e os municípios convivem, muito bem, com essa realidade. O que chama a atenção é como as coisas em relação a Anápolis são mais demoradas”, Justifica.
Providências
Ubiratan Lopes disse que o Fórum Empresarial está se preparando para produzir um documento a ser enviado ao Governo do Estado e ao Prefeito Antônio Gomide, posicionando-se em relação a fatos preocupantes. Além da Plataforma Multimodal, do Aeroporto de Cargas e a necessidade da ampliação do Distrito Agro Industrial de Anápolis, outros assuntos chamam a atenção. Ele citou como exemplo, a promessa de se dotar Anápolis de um centro de convenções. Lembrou que até as dependências do antigo Supermercado Tatico, cedidas para o empresariado local, foram devolvidas. “Nunca vi isso em toda a minha vida. Um bem tomado para a quitação de tributos em atrasos dentro da legalidade, ser devolvido”, justificou Ubiratan. Se mostrou preocupado, ainda, com a paralisação das obras da Ferrovia Norte Sul e com outros projetos. Por fim, o Presidente da Acia lembrou o ciclo de palestras e debates sobre a segurança pública promovido, recentemente, pela instituição. “Detectamos que existem muitas carências que devem ser tratadas com urgência. Reconhecemos o trabalho das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e, principalmente, do Judiciário e do Ministério Público. Mas, Anápolis precisa, urgentemente, de uma política efetiva de segurança, devido à sua importância sócio/econômica e cultural. Os empresários quando pretendem se instalar em uma região, têm na segurança a principal preocupação. E é justamente isso que pretendemos cobrar do Governo, como a ampliação dos serviços, a implantação de novas varas no Foro Municipal e a adequação dos aparelhos disponibilizados para a comunidade”, .concluiu o Presidente da Acia.