Pesquisa da CNC diz que sociedade segue elevando procura por crédito
A pesquisa considera como endividadas as famílias que possuem qualquer tipo de dívida, mesmo que não esteja em atraso, como compras no cartão de crédito ou financiamentos. A CNC interpreta esse aumento como um sinal de que as famílias estão aumentando sua busca por crédito, aproveitando a queda dos juros, refletida na meta da taxa básica de juros (Selic), que vem diminuindo a cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), situando-se atualmente em 10,50%.
O percentual de famílias que se consideram muito endividadas subiu para 17,8% em maio, comparado a 17,2% em abril. Quanto à inadimplência, que se refere às famílias com dívidas ou contas em atraso, permaneceu estável em 28,6% em maio, igualando o número de abril, mas abaixo dos 29,1% de maio de 2023. Por fim, entre as famílias que não conseguirão quitar suas dívidas, o percentual ficou em 12%, mostrando uma ligeira redução em relação a abril, porém ainda acima dos índices de maio de 2023.
No que diz respeito aos principais fatores de endividamento, destacam-se o cartão de crédito (86,9% dos casos), carnês (16,2%) e crédito pessoal (9,8%). Um aspecto positivo é o cheque especial, que figura em apenas 3,9% das dívidas, o menor percentual desde o início da pesquisa em 2010.
A CNC prevê que o percentual de endividados continue aumentando até dezembro, alcançando a marca de 80,4%.
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