E, dentro desse contexto, é importante diferenciar o que é abuso e o que é exploração sexual infantil.
O abuso sexual é qualquer abordagem sexual com criança ou adolescente, de acordo com a organização civil Faça Bonito, referência na luta pela proteção de crianças e adolescentes.
É geralmente praticado por alguém de confiança e, muitas vezes, ocorre no ambiente familiar, praticado por pessoas do convívio e confiança da vítima.
Já a exploração sexual é caracterizada pelo uso de crianças e adolescentes para fins sexuais visando o lucro, seja no contexto da prostituição, no compartilhamento de conteúdo e imagens de abuso, nas redes de tráfico, no turismo com motivação sexual.
Fique de olho!
Integrante do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA), Cláudio Augusto Vieira, explica que fatores como mudanças de comportamento repentinas, uso de palavras ou desenhos de cunho sexual e queda no rendimento escolar podem auxiliar na identificação dos abusos.
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Outros fatores como comportamento sexualizado, alteração no sono, falta de concentração e aparência descuidada, marcas de agressão, transtornos psicológicos e emocionais, e crianças e adolescentes em situação de negligência na família e vítimas de maus-tratos também podem acender o sinal de alerta.
Segundo o gestor, todas as pessoas podem e devem denunciar as violações.
Disque 100
O Disque 100, que recebe denúncias de violações contra crianças e adolescentes, somou mais de 60,7 mil casos por meio de 31,2 mil denúncias em 2023.
Os dados indicam que, a cada 24 horas, foram mais de 166 violações, ou sete violações a cada hora ou uma violação a cada 8 minutos.
Por meio do canal, qualquer pessoa pode fazer denúncias de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes.
O serviço é gratuito, anônimo e pode ser acionado de qualquer lugar do país.
Além de ligação gratuita bastando apenas digitar 100, o serviço pode ser acionado por meio do WhatsApp (61) 99611-0100; Telegram (digitar “direitoshumanosbrasil” na busca do aplicativo; página da Ouvidoria, no site do ministério.
Com informações do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC)
Edição: Portal CONTEXTO