Em meio a tantas novidades na área de saúde, a Osteopatia pode ainda ser desconhecida de muita gente. E, em geral, tudo o que é novo desperta nas pessoas curiosidades e, às vezes, mitos. O fisioterapeuta Raphael Santana, que atua como a especialização em Osteopatia no Centro de Reabilitação Sállus, localizado no Bairro Jundiaí, explicou ao CONTEXTO os conceitos e as aplicações dessa terapia.
Antes, é necessário quebrar o mito: a Osteopatia é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde e está baseada na anatomia, na fisiologista e semiologia. Portanto, não deve ser considerada uma prática esotérica. De acordo com Raphael Santana, a Osteopatia tem como princípio o tratamento fisioterapêutico dentro de um espectro mais abrangente onde se avalia o paciente em função da sua estrutura e sistemas corporais. “Nós tratamos as causas do problema. Para isso, buscamos fortalecer as habilidades do corpo com o objetivo de deixá-lo em harmonia”, destacou o especialista, explicando que o tratamento é feito, basicamente, através de intervenções com as mãos, dependendo de cada caso, nas articulações, músculos, ligamentos, vísceras e até na manipulação da estrutura craniana. Primeiro, é feita uma avaliação criteriosa do corpo, para se descobrir o que está causando o desequilíbrio. Não há intervenções medicamentosas, mas a terapia pode se aliar a outras condutas.
Na maior parte dos casos, a Osteopatia é utilizada para tratamentos relacionados à coluna, inclusive, quando da existência de dores crônicas. Porém, pode se aplicar a tratamentos de dores de cabeça e enxaqueca; insônia; refluxo gástrico; constipação; hérnia de disco; tendinite, artrose e mesmo em áreas da pediatria – asma, bronquite, escoliose – e na ginecologia – cólicas menstruais e incontinência, por exemplo.
Ainda são poucos os profissionais que atuam com a Osteopatia – em Anápolis são apenas dois – mas, segundo Raphael Santana, a expectativa é grande em relação à utilização dessa técnica, considerando, sobretudo, a receptividade dos pacientes com os resultados rápidos. Na boa parte dos casos, a duração do tratamento é de um mês, com sessões uma vez por semana, apenas. “As respostas são rápidas e isso é muito importante para as pessoas acometidas por dores”, sublinhou Raphael Santana, que é graduado em Fisioterapia na UniEvangélica com Pós-Graduação em Terapia Manual e Técnica Osteopática pela Universidade Ostes do Paraná (UniOeste), além de formação em Posturologia, Terapia Crânio Sacral e RMA (Reprogramação Músculo – Articular).
Curiosidades sobre a Osteopatia
** A Osteopatia é um sistema de avaliação e tratamento, com metodologia e filosofia própria, que visa restabelecer a função das estruturas e sistemas corporais, agindo através da intervenção manual sobre os tecidos (articulações, músculos, fáscias, vísceras, tecido nervoso, vascular e linfático.
A Osteopatia foi criada pelo médico americano Andrew Taylor Still por alturas da guerra civil americana nos finais do séc. XIX. Foi através da observação e investigação que fez uma correlação entre as patologias e as suas manifestações físicas.
** A Osteopatia hoje é reconhecida em 47 países, inclusive, no Brasil.
** No Brasil, para ser Osteopata, deve-se frequentar cerca de cinco anos da faculdade de Fisioterapia e mais três anos, em média, para a especialização nessa área. (Fonte: Folheto Clínica SállusWikipédia)
Os quatro princípios da Osteopatia
1- A estrutura (ossos, músculos, órgãos, dentre outros) está reciprocamente inter-relacionada com as funções dos vários sistemas do corpo humano. O sistema neuro-músculo-esquelético é regulador de todos os outros sistemas. Disfunções dos componentes somáticos podem não ser só uma manifestação de doença, mas um fator que contribui para a própria doença.
2- O organismo tem a capacidade de se auto-regular e curar, uma vez eliminados os obstáculos que promovem a doença.
3- O sangue transporta todos os nutrientes necessários ao funcionamento saudável dos tecidos. Uma boa circulação vascular é essencial para o bom funcionamento do organismo.
4- O corpo é uma unidade em movimento. O fluxo nervoso, vascular, linfático, nervoso é crucial para a manutenção da saúde. (Fonte: Wikipédia)