Leia também: Câmara Municipal retomará atividades em meio a polêmicas e ano eleitoralMuita gente não sabe, mas, nos anos 50, Anápolis chegou a ter, pelo menos, cinco empresas de transporte aéreo, com pousos e decolagens diariamente no Aeroporto Civil, hoje Aeroporto Juscelino Kubitscheck. As partidas e chegadas, ligavam Anápolis a várias cidades brasileiras e, até, do exterior, como Miami, nos Estados Unidos. O Consórcio Real Aerovias, cujo escritório funcionava na Rua Manoel D’Abadia, ligava Anápolis a cidades como Goiânia; Araguari; Uberlândia; São Paulo; Belo Horizonte; Porto Nacional; Pedro Afonso; Carolina; Belém, Uberaba e outras. Pousos e decolagens de segunda-feira a sábado.
O Lóide Aéreo Brasileiro operava em Anápolis com viagens para Belém; Macapá; São Luiz; Carolina; Rio de Janeiro; Fortaleza; Campo Grande; Salvador; Recife; Maceió; Vitória, Ilhéus e outras. Seu escritório funcionava na Rua Sete de Setembro. Já a VASP (Viação Aérea São Paulo) tinha voos diários para Araguari; Uberlândia; Uberaba; São Paulo e Ribeirão Preto, dentre outras cidades. Seu escritório funcionava na Rua Manoel D’Abadia.
A empresa Transportes Aéreos Nacional Ltda., cujo escritório ficava na Rua Barão do Rio Branco, tinha voos para Aragarças; Araguari; Belo Horizonte; Bocaiúva; Catalão; Caratinga; Diamantina; Cristalina; Goiânia; Ipameri; Iporá; Januária; Monte Carmelo; Montes Claros; Pires do Rio; Rio de Janeiro; São Paulo, Vitória e outras. E, por fim, a empresa Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul, cujo escritório ficava na Ru Manoel D’Abadia, com voos para Taguatinga (Norte de Goiás, hoje Tocantins); Barreiras; Dianópolis, Natividade e Porto Nacional, dentre outros.
Provavelmente, a explosão demográfica de Goiânia e a consequente ativação mais rápida do Aeroporto Santa Genoveva e, anos depois (década de 60), a implantação de Brasília (anos 60) com um aeroporto mais consistente, amplo e moderno, tenham sido as causa determinantes da gradual desativação dos voos com escala em Anápolis. Algumas tentativas isoladas, ainda, foram feitas, no sentido de se restaurar o tráfego aéreo de passageiros no Município, todas elas, entretanto, infrutíferas.
Hoje, volta-se a falar numa provável retomada do status quo, com Anápolis tendo a oportunidade de sediar um sistema de voos comerciais, através do aproveitamento do Aeroporto Internacional de Cargas, em implantação e que poderia ser transformado em aeroporto misto (cargas e passageiros). Ele serviria, inclusive, como alternativa para desafogar-se o tráfego aéreo de Goiânia e Brasília. Mas, por enquanto, é tudo suposição. Não existe um posicionamento oficial a respeito dessa ideia.
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