Operação da Polícia Civil também desarticulou esquema de tráfico internacional de drogas e aliciamento de pessoas.
Libertação e denúncia
A Polícia Civil de Goiás libertou um homem mantido como escravo sexual por cerca de um ano, durante a prisão de um suspeito de tráfico internacional. A ação ocorreu nesta terça-feira (28), após denúncias anônimas recebidas pela Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc).
Segundo o delegado Carlos Alfama, os agentes encontraram a vítima trancada em um quarto, com marcas de agressões e sinais de desnutrição. No imóvel, os policiais também apreenderam porções de cocaína e materiais usados no preparo da droga.
Durante o flagrante, o homem preso tentou fugir, mas foi contido pelos investigadores. Ele é apontado como o responsável por aliciar pessoas para atuarem como “mulas”, transportando entorpecentes para o exterior.
Cativeiro e abusos
O resgate revelou um histórico de violência física e sexual. A vítima relatou que conheceu o suspeito ao tentar trocar serviços sexuais por drogas, mas foi impedida de deixar a casa desde então. Em depoimento, contou ter sido agredida diversas vezes e obrigada a permanecer trancada em um quarto com apenas água e uma bacia para necessidades básicas.
O delegado relatou que, ao perceber a chegada da polícia, o homem começou a gritar por socorro e bater na porta até ser ouvido. “Quando entramos, ele estava muito debilitado, com ferimentos e em forte estado de desnutrição”, afirmou Alfama.
A perícia confirmou os relatos de estupro e cárcere privado. Imagens registradas pelos agentes mostram o resgatado com hematomas no rosto, no pescoço e em outras partes do corpo.
Esquema internacional
Durante as investigações, a polícia descobriu que o preso já respondia por tráfico internacional de drogas e mantinha ligações com uma rede que enviava cocaína para fora do país. O homem confessou que convencia pessoas a engolirem cápsulas de droga para levá-las ao exterior, oferecendo cerca de R$ 5 mil por viagem. O suspeito foi autuado por tráfico de drogas, estupro e cárcere privado e segue à disposição da Justiça. A Denarc continua apurando o caso para identificar outros envolvidos no esquema e possíveis novas vítimas
Junte-se aos grupos de WhatsApp do Portal CONTEXTO e fique por dentro das principais notícias de Anápolis e região. Clique aqui.




