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Cherkasov expressou preocupação às autoridades após perceber que os integrantes do PCC estavam cientes de sua identidade e atividades. Essa informação teria vazado de uma revista circulando na prisão, levando os agentes penitenciários a transferi-lo para uma ala isolada.
O russo foi preso em São Paulo, em abril de 2022, pela Polícia Federal (PF), enquanto tentava se infiltrar no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda, utilizando uma identidade brasileira falsa em nome de Viktor Muller Ferreira, 33 anos, nascido em Niterói (RJ).
As autoridades holandesas, por meio do serviço secreto, descobriram a farsa de Cherkasov após 12 anos de construção da identidade falsa. Após ser impedido de entrar na Holanda, o governo brasileiro foi alertado e o russo acabou detido em São Paulo.
Desde então, o governo brasileiro tem conhecimento das suspeitas de espionagem envolvendo Cherkasov, compartilhadas pelas autoridades holandesas. O caso, de repercussão internacional, coloca em evidência a complexidade das atividades de espionagem e os esforços conjuntos entre países para combatê-las.