Tem sido recorrente, nos últimos dias, em Anápolis, o debate em torno de questões que envolvem o transporte de massa de passageiros. Desse debate, que está por assim dizer, ainda em seu início, a certeza que se tem é que o tema é complexo e não há “soluções mágicas”.
Durante visita a Anápolis na última quarta-feira (3/9), o vice-governador Daniel Vilela sinalizou apoio ao prefeito Márcio Corrêa, de buscar um modelo que seja próximo ao quer é hoje desenvolvido em Goiânia e na Região Metropolitana da capital.
Lá, até 2026, tem-se a previsão de troca da frota de 1,5 mil veículos. Além disso, pontos, terminais e corredores dos ônibus são constantemente adequados para atenderem as demandas dos usuários.
Mas, para se ter um modelo dessa natureza, o vice-governador e o prefeito, concordam e defendem que não basta apenas viabilizar um subsídio financeiro. É de concordância que deve haver um plano bem dimensionado e factível de renovação da frota, de melhoria da estrutura que serve aos usuários.
Esse é o norte do trabalho que deve ser buscado na parceria entre o estado e o município, para uma solução que contemple a todas as partes e, sobretudo, contribuía com a modicidade da tarifa cobrada dos usuários.
Economia
A agenda de Daniel Vilela com Márcio Corrêa e lideranças do setor produtivo ligados à Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA), também busca outros vieses de parceria.
Uma proposta foi apresentada pelo presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário (Sinduscon) de Anápolis, Luiz Antônio Rosa. No encontro, ele propôs unir esforços para se criar um Plano de Industrialização.
Essa mensagem foi captada por Daniel Vilela e Márcio Corrêa, como uma preocupação evidente do que vem pela frente com o fim da guerra fiscal. Ou seja, os estados não poderão mais daqui um tempo, oferecer concessões fiscais para atrair investimentos, estimulando assim a geração de emprego e renda.
Sem essa ferramenta, Goiás (e Anápolis, dentro do contexto, por sediar o maior distrito indústria) pode sofrer nessa batalha de competitividade e perder terreno para estados mais industrializados do Sul e Sudeste. E, mais notadamente, o Estado de São Paulo.
Nessa discussão do Plano de Industrialização, o setor produtivo levantou insatisfações quanto a política capitaneada pela Companhia de Desenvolvimento de Goiás, a Codego, pelo fato de que as empresas adquirem áreas, fazem investimentos, recolhem impostos, mas não possuem escrituras das áreas para poderem, por exemplo, lastrearem empréstimos no mercado financeiro. Além da complexidade do edital para a área do DaiaPlam, em parte do que seria a Plataforma Logística.
O vice-governador Daniel Vilela deu um aceno de concordância e chegou até a dizer que é algo que pode ser repensado. Ele, entretanto, ressaltou que o governo Caiado mudou muito a companhia, que é responsável em abrir e manter distritos industriais na alçada do estado.
Centro de Convenções
Outro sinal dado por Daniel Vilela é quanto do uso do Centro de Convenções. Ele afirmou que o prefeito e as lideranças devem discutir o uso dessa estrutura, que hoje é subutilizada e que consome R$ 1,5 milhão de despesa por mês mesmo estando parado.
Vilela também discutiu com o prefeito e vereadores, uma proposta de trazer para Anápolis uma unidade da Escola do Futuro. Em Valparaíso de Goiás, onde se tem um modelo dessa escola, está recebendo investimento da China para ensino de línguas: mandarim e inglês.
Ele também destacou que pouca gente sabe, mas Goiás ocupa hoje posição de destaque entre os estados brasileiros em Inteligência Artificial. Uma área que, segundo ele, é muito promissora em negócios. E, claro, uma dica de oportunidade que pode também ser busca por Anápolis.
Não menos importante na ordem dos debates, o prefeito sinalizou fim da agonia de empresários anapolinos da área da construção, em relação a obtenção dos Atestados de Viabilidade Técnico Operacional (AVTOs).
Esse documento é exigido da Saneago para alguns tipos de empreendimento e, por algum motivo, a Prefeitura também teria de dar seu “aval”. O que, segundo o prefeito Márcio Corrêa, seria apenas de um instrumento político e que isso deve acabar. Ele informou que já acionou a Procuradoria do Município, a fim de resolver essa questão o quanto antes.
Leia também: Daniel Vilela e Márcio Corrêa pavimentam caminhos para parcerias e outros projetos
