Um trabalho altamente científico, aliado a parcerias importantes com organizações ligadas ao setor, permitiu ao Observatório Municipal de Segurança, (antigo GGIM) reduzir, drasticamente, a incidência de crimes variados no território anapolino. Os números, reais, atestam a política acertada que se adotou no Município, consorciando-se o aumento do efetivo das polícias, o reforço no programa “banco de horas”, a aquisição de mais viaturas, equipamentos e armamentos.
A avaliação é do titular do Observatório, Delegado Especial de Polícia, Glayson Rezende Reis, um dos mais experientes policiais civis em atividade na região. Ele “comemora” os números e afirma que a política de se combater o crime em todas as suas vertentes deu resultados animadores e que a tendência é de melhorar, mais ainda. “Vamos em busca de mais redução. É possível conseguir. Estamos no caminho certo”, disse ele ao Jornal Contexto esta semana. Para Glayson Reis, não existe milagre nem mistério nisso. “É trabalhar dia e noite. O crime não descansa nem tem folga. A segurança pública, também, não pode ter”, reafirma.
O delegado assegura que a administração Roberto Naves entendeu, perfeitamente, a necessidade de uma moderna política de combate efetivo à criminalidade em diferentes aspectos que vão, desde a efetiva ação policial, aos programas sociais que permitem reduzir o acesso de pessoas às práticas criminosas. Ele afirma que os projetos desenvolvidos junto a crianças e adolescentes e junto aos chamados grupos de risco, são os fatores determinantes para que isto aconteça.
Os números
Pela primeira vez em quatro anos, o índice de homicídios mostrou uma sensível diminuição em Anápolis. Dos quase 200 assassinatos registrados em 2017, este ano anotaram-se, até o início da semana, pouco mais de 120, uma redução superior a 30 por cento. O índice de roubos foi o menor em oito anos e os casos de estupros foram os menos numerosos da última década.
De acordo com Glayson Reis, o trabalho consorciado entre a repressão quando se torna necessária, e a ciência da criminalística, permite atacar o problema da violência de forma essencial e efetiva. Ele diz que existem, projetos em andamento para que este atendimento seja mais eficaz ainda, dentre eles, o aumento do número de câmeras de videomonitoramento, a pesquisa nas chamadas “manchas criminais” e o aparelhamento adequado das forças de segurança. “Temos uma extraordinária colaboração das polícias Federal; Civil; Militar; Rodoviária Federal, do Juizado da Infância e da Juventude, dos conselhos tutelares e outras instituições, o que permite desenvolver este projeto. Delegados, oficiais da PM e outros gestores da Segurança Pública são parceiros de primeira hora, o que nos dá a garantia jurídica e operacional de que necessitamos para dar a Anápolis uma boa política de segurança em todas as suas vertentes”, justificou Glayson Reis.