O goleiro do Grêmio Esportivo Anápolis (GEA), Ramón Souza, concedeu entrevista coletiva à imprensa nesta quinta-feira (11), na Central de Flagrantes, onde ele prestou esclarecimentos acerca do incidente ocorrido na noite da última quarta-feira, 10, no Estádio Jonas Duarte.
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Ramón levou um tiro de bala de borracha, disparado por um policial militar da CPE. O fato ocorreu pouco depois do final do jogo em que o GEA foi derrotado por 2 a 1 pela equipe do Centro-Oeste.
Houve uma confusão entre os jogadores e em determinado momento, o policial, a poucos metros do jogador, efetuou o disparo.
O tiro com bala de borracha atingiu a perna do atleta, que foi atendido inicialmente em uma UTI Móvel pelo médico do clube, Diego Bento.
Na entrevista, o goleiro contou que estava tentando apaziguar os ânimos quando ficou de frente ao policial. Este pediu que ele se afastasse e atirou a uma curta distância.
Inclusive, vídeos foram gravados e exibidos na internet, registrado o momento do disparo.
“Estou abalado”, ressaltou o atleta do GEA, afirmando que sentiu muita dor na hora. Ele ainda chegou a pedir ao policial para que ele abaixasse a arma, mas não adiantou.
O grêmio Anápolis emitiu uma “Nota de Repúdio”, classificando de “lamentável, ridículo, revoltante acontecimento, no Estádio Jonas Duarte”.
“Um ato horrível, inacreditável e criminoso de alguém que deveria prezar pela segurança e integridade das pessoas, que ali estavam”, continua a nota.
Ainda, destaca que “o dia 10 de julho fica marcado por um ato violento, sujo e horrível contra um de nossos jogadores, o que jamais será esquecido”.
Ao final, o clube afirma que tomará as providências cabíveis em relação ao caso.
Outro lado
A Polícia Militar já informou, por meio de nota, que será aberto um Inquérito Policial Militar, no âmbito da Corregedoria, para a devida apuração dos fatos. A corporação afiança que não compactua com nenhum desvio de conduta dos seus membros.