A busca pelo ‘elixir da juventude’ vem de séculos e séculos atrás. Apesar de ainda não ter sido encontrado pela ciência, outros produtos foram criados para manter o corpo saudável e com aspecto jovem.
O colágeno é a base para a produção de diversos cosméticos, com a promessa de melhorar o visual de quem utiliza esses produtos. Faltavam, porém, estudos que comprovassem sua eficácia.
Na Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA, o pesquisador doutor Rodolfo de Paula Vieira abordou o tema no artigo “Hydrolyzed Collagen Induces an Anti-Inflammatory Response and Induces Proliferation of Skin Fibroblast and Keratino-cytes”, com demais pesquisadores de todo o país. O texto foi publicado na revista Qualis A1, chamada Nutrients (fator de impacto 6,706). Na publicação, os autores avaliam os efeitos dos peptídeos do hidrolisado do colágeno sobre as duas principais células da pele, os fibroblastos e os queratinócitos.
“Na verdade, há um apelo muito grande em produtos à base de colágeno, hidrolisado de colágeno, dentre outros, para fins cosméticos, como diminuição de rugas, melhora da elasticidade da pele e demais benefícios. Entretanto, até o momento, embora existam alguns estudos clínicos sobre a eficácia da suplementação com produtos à base de colágeno sobre rugas e qualidade da pele, ainda existiam muitas dúvidas se a suplementação com colágeno realmente funcionava e se havia alguma evidência da ação biológica dos produtos à base do colágeno”, explica Rodolfo, que integra o quadro do Mestrado e Doutorado da UniEVANGÉLICA nas áreas de Movimento Humano e Reabilitação e Ciências Farmacêuticas.
Os fibroblastos, conforme pontua, são as principais células da pele que produzem colágeno e outras proteínas importantes para esse órgão do corpo humano. No artigo publicado na Qualis A1, ficou demonstrado que os peptídeos do hidrolisado de colágeno são capazes de aumentar a proliferação dos fibroblastos e a ativação dos fibroblastos, levando-os a produzirem quantidades aumentadas de colágeno, podendo contribuir para dar um aspecto rejuvenescido às pessoas que utilizam esse produto.
A suplementação com os peptídeos do hidrolisado de colágeno também protege contra uma bactéria causadora de danos à pele. “Essa infecção pode ser simulada por meio de uma substância chamada lipopolisacarídeo – LPS, de bactérias gram negativas. Através de testes, identificou-se que a suplementação com os peptídeos do hidrolisado de colágeno também protegeu a pele contra essa infecção, diminuindo a resposta inflamatória através dos fibroblastos e queratinócitos”, explica ainda doutor Rodolfo de Paula Vieira, pesquisador da UniEVANGÉLICA.
Ele evidenciou ainda que a inflamação é um dos meios pelos quais a pele dos idosos sofre o processo de “deterioração”, perdendo fibras de colágeno e fibras elásticas, diminuindo assim a resistência contra danos físicos e microrganismos. Além disso, esse mecanismo deixa a pele mais desidratada e com a aparência de flacidez. “Assim, esse estudo traz pela primeira vez uma base biológica e científica para possíveis efeitos benéficos da suplementação com peptídeos do hidrolisado de colágeno.
É importante ressaltar também que esse tipo de estudo tem grande relevância para o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UniEVANGÉLICA. Para empresas do setor, uma pesquisa como essa cria um lastro e dá robustez ao crescimento do NIT na captação de novos estudos e parcerias”, conclui doutor Rodolfo de Paula Vieira, pesquisador do Mestrado e Doutorado da UniEVANGÉLICA nas áreas de Movimento Humano e Reabilitação e Ciências Farmacêuticas.