Prevalência de obesidade aumentou até 3%, apontando para riscos de saúde como doenças cardiovasculares e diabetes.
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Um estudo recente realizado por pesquisadores da Fiocruz Bahia, UFMG e University College London revelou dados alarmantes sobre a saúde das crianças brasileiras. Entre 2001 e 2014, observou-se um aumento médio de 1 centímetro na estatura infantil, além de um crescimento significativo na prevalência de excesso de peso e obesidade. Os resultados, publicados na revista The Lancet Regional Health, apontam para um aumento de até 3% na prevalência de obesidade entre os grupos analisados.
Carolina Vieira, pesquisadora associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia e líder do estudo, expressou preocupação com a obesidade infantil, destacando os riscos associados a condições como doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão. Ela ressaltou a importância de ações coordenadas para conter o avanço dessas doenças crônicas não transmissíveis.
A pesquisa, que analisou dados de mais de 5 milhões de crianças brasileiras, dividiu os grupos em nascidos de 2001 a 2007 e de 2008 a 2014. Os resultados indicaram um aumento de 3,2% no excesso de peso entre meninos e 2,7% entre meninas. No caso da obesidade, houve um crescimento de 2,7% entre meninos e 2,1% entre meninas.
Além disso, o estudo constatou um aumento médio de 1 centímetro na altura das crianças nascidas entre 2008 e 2014, refletindo melhorias nas condições de vida e saúde. No entanto, Carolina Vieira ressaltou a preocupação com a má nutrição, destacando que o Brasil enfrenta a dupla carga de má nutrição, com prevalência tanto de crianças desnutridas quanto de crianças obesas.