O consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol representa um risco grave à saúde.
Muitas pessoas acreditam que todo álcool é igual, mas a diferença entre etanol, o álcool das bebidas, e metanol é gigante. O etanol é metabolizado pelo corpo e se transforma em acetato, substância que, apesar de tóxica inicialmente, é utilizada para gerar energia.
Já o metanol segue outro caminho. Ao ser metabolizado, ele se transforma em formaldeído e, em seguida, em ácido fórmico — o mesmo presente nas doloridas picadas de formiga. Esse ácido ataca as mitocôndrias, conhecidas como as “baterias” das células, envenenando o organismo e podendo causar sequelas irreversíveis, incluindo cegueira e falência de órgãos.
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Efeitos no organismo
A intoxicação por metanol pode apresentar sintomas entre 12 e 24 horas após a ingestão, como náuseas, vômitos, dor abdominal, confusão mental e visão turva ou perda de visão. Sem atendimento médico imediato, a intoxicação pode evoluir para coma e morte.
O tratamento envolve suporte clínico, administração de medicamentos que bloqueiam a formação de ácido fórmico e, em casos graves, diálise para eliminar o metanol do corpo.
Origem em bebidas
O metanol pode estar presente em destilados caseiros, vinhos artesanais ou bebidas produzidas de maneira inadequada. Em alguns casos, ele é adicionado ilegalmente para aumentar o teor alcoólico de forma mais econômica, tornando bebidas de procedência duvidosa especialmente perigosas.
Cuidados e prevenção
Especialistas recomendam consumir apenas bebidas de marcas confiáveis, evitar produtos caseiros sem procedência conhecida e desconfiar de preços muito baixos. O metanol é incolor, não possui sabor e sua ingestão mesmo em pequenas quantidades pode causar consequências graves.
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