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O mapa, lançado nesta terça-feira (26) na capital paulista, compara 40 indicadores em áreas cruciais como educação, saúde, renda, habitação e saneamento. De acordo com o coordenador geral do Instituto, Jorge Abrahão, essas disparidades refletem profundas desigualdades regionais no Brasil.
“Essa diferença de 15 anos na idade média ao morrer, que é uma coisa que chama muito a atenção, traduz muito a desigualdade”, observou Abrahão em entrevista à Agência Brasil. Ele ressaltou que investimentos em políticas públicas são essenciais para abordar essas disparidades, especialmente em áreas como saneamento, habitação, saúde e educação.
O estudo também destacou outras disparidades alarmantes, como a discrepância no acesso ao esgotamento sanitário. Enquanto 100% da população de São Paulo é atendida, apenas 5,8% em Porto Velho têm acesso a esse serviço vital. Abrahão alertou que mesmo em cidades com índices aparentemente altos, como São Paulo, há áreas marginalizadas que não são adequadamente contabilizadas nos dados oficiais.
O Mapa da Desigualdade baseia-se em fontes confiáveis, incluindo órgãos públicos como IBGE, DataSUS, Inep e SNIS, além de dados de organizações não governamentais. Apesar das limitações dos dados, o estudo destaca a urgência de políticas que enfrentem as desigualdades regionais no Brasil.
O ranking das capitais apresenta Curitiba como líder, seguida por Florianópolis, Belo Horizonte, Palmas e São Paulo. No entanto, Abrahão enfatizou que mesmo as cidades mais bem colocadas enfrentam desafios significativos. Porto Velho, por outro lado, ficou na última posição, refletindo a desigualdade persistente em várias regiões do país.
À medida que o Brasil se prepara para as eleições municipais de 2024, Abrahão destaca a importância de os eleitores considerarem esses indicadores ao escolherem seus representantes. Ele enfatizou a necessidade de políticas públicas que abordem as desigualdades sociais e econômicas, afirmando que o país tem o potencial de reverter sua posição como um dos mais desiguais do mundo com investimentos direcionados para as áreas mais desfavorecidas.