A jornada do Anápolis no Campeonato Goiano de 2022 chegou ao fim. E foi de maneira trágica para a torcida e apoiadores. Mesmo com um jogador a mais durante um tempo inteiro, a equipe acabou derrotada pelo Iporá e deu adeus ao torneio. O clima no Jonas Duarte, ao fim da partida, era um misto de indignação e tristeza.
Indignação pela campanha histórica que o Galo vinha fazendo na competição. Se classificou com a 2ª melhor campanha geral durante a fase de grupos e havia conseguido bom resultado em Iporá, na ida, com o empate por 1 a 1. Tinha a chance de decidir em casa e, caso avançasse, enfrentar o Vila Nova em dois jogos. O competente trabalho de Luiz Carlos Winck gerava expectativas por um desempenho superior ao de 2016, quando o Anápolis chegou à final do Goianão.
Tristeza pelo que se desenrolou durante o jogo, além, é claro, da expectativa já mencionada. O Anápolis começou melhor, mas pecou nos cruzamentos e finalizações. O Iporá buscou nivelar o jogo, em ritmo mais físico, e conseguiu frear o Galo. Nos acréscimos, Jefferson fez falta dura em Erick Bahia. O suficiente para receber o segundo cartão e ser expulso, deixando os visitantes com um a menos. No entanto, o Lobo-Guará se fechou como pôde e aproveitou suas poucas oportunidades. Depois do goleiro Jeferson evitar gol em grande defesa, a zaga do Tricolor da Boavista cochilou e deixou Régis Potiguar livre para marcar de cabeça.
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E o futebol mostrou sua face sádica a partir disso. O Anápolis se lançou contra o ferrolho iporaense com Erick Bahia pela esquerda e Wandinho pela direita. Entretanto, quem brilhou foi o lateral Fábio, que deixou a zaga adversária desnorteada, mas viu sua finalização desviar e ir por cima da meta. Já nos minutos finais, a ofensiva do Galo parou no maior ídolo do Iporá, o goleiro Clériston. Foram três defesas do arqueiro, sendo duas seguidas. Para aumentar o drama, o Tricolor ainda teve gol anulado e, no último lance de ataque, contou com cabeçada de Gustavo Vintecinco na trave.
Não ser uma ciência exata é o que torna o futebol maravilhoso. Embora tal característica acabe não deixando todos felizes, motiva para as próximas etapas. E o Galo chega fortalecido para a disputa da Série D, principalmente pelo trabalho coletivo e técnico orquestrados durante o Estadual. Subir pode se tornar uma realidade, mas até lá a jornada ainda terá muitos passos e expectativas.