Uma exposição do artista visual, escritor e dramaturgo anapolino, Rondinelli Linhares de Oliveira, tem sido objeto de polêmica em Caxias do Sul- RS. A exposição foi aberta no início de dezembro último, no Centro Municipal de Cultura “Dr. Henrique Ordovás Filho”, naquele município. Porém, ela foi “interditada”.
A apresentação da obra de Linhares deu-se através de edital, seguindo todos os trâmites necessários e corria bem, até que a poucos dias, começaram a ocorrer algumas manifestações nas redes sociais, por parte de lideranças consideradas de extrema direita da região.
Essas manifestações levaram o artista a escrever um manifesto, denominado: “Baixa Colateral Distópica: Um Manifesto Escrito na Água (?)”, no qual ele relata os fatos ocorridos e, sobretudo, externa sua visão sobre a importância da arte como reflexão do mundo, seja por parte do artista, seja por parte daqueles que a apreciam.
“Neste sentido de oposição das mesmas ao que está no Ordovás (ainda sob interdição e portas fechadas, mas ocupa o espaço) fico feliz em saber que cada obra cumpriu – e tomara que continue cumprindo – o papel de inquietar, gerar questionamentos e seguir em algum nível causando mudanças”, ressalta Linhares na sua publicação.
Selecionada no edital de exposições 2024 proposto pelo Núcleo de Artes Visuais, a mostra levou a Caxias do Sul os trabalhos do artista que, pela primeira vez em sua carreira, apresenta uma individual toda com obras de cunho político.
Os trabalhos que levam em si o mesmo nome da exposição trata–se de pinturas, fotografias, assemblagens e terços customizados.
Ao CONTEXTO, Rondinelli Linhares informou que a intenção da Secretaria de Cultura de Caxias do Sul seria reabrir a exposição nesta segunda-feira (13), inclusive, com apoio da Guarda Municipal, a fim de dar segurança aos funcionários e resguardar as obras em exposição no centro cultural.
Veja aqui a íntegra do manifesto “Baixa Colateral Distópica: Um Manifesto Escrito na Água (?)”
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