Movimentação política
O ano de 2019 foi de muita movimentação nos bastidores da política anapolina, com vistas às eleições para prefeito e vereador no ano que vem. Vai ser uma eleição diferente, sobretudo, pela impossibilidade de os partidos políticos fazerem coligações na eleição proporcional, ou seja, para o Legislativo. Para o Executivo, não houve mudança neste sentido e as coligações podem ser feitas.
Enfim, é uma eleição que promete, não apenas pelo número de candidatos, mas pelo momento político por que a Cidade passa, após ter resgatado uma melhor representação na Assembleia Legislativa.
Mas o principal, o que o eleitor mais espera, é que seja uma eleição rica de ideias, projetos e debates sobre temas relevantes para a sociedade. E, não são poucos os desafios que estão à frente de quem for governar o Município a partir de 2021.
Nomes
Conforme o CONTEXTO apurou, 17 nomes já surgiram como pré-candidatos à sucessão de Roberto Naves, que deverá disputar a reeleição pelo PP. Seu Vice, Márcio Cândido, deve deixar o PSD e ingressar no DEM já nos próximos dias. Ele trabalha fortemente nos bastidores, para que seu nome figure na chapa majoritária ao lado de Roberto. Inclusive, recentemente, recebeu apoio de dezenas de pastores evangélicos.
Calado
O ex-Prefeito Antônio Gomide (PT) tem falado pouco sobre o assunto. Mas, ele é considerado um dos adversários mais fortes do Prefeito Roberto Naves, numa eventual disputa, embora não seja líquido e certo de que esta polarização vá se manter.
Tucanos
O PSDB saiu enfraquecido na última eleição em Goiás. Mas, em Anápolis, o Partido tem três pré-candidatos: o ex-secretário de Indústria e Comércio, Ridoval Chiareloto; o ex-prefeito João Gomes e o atual presidente da sigla, o médico Samuel Gemus, que recebeu apoio público do ex-prefeito Adhemar Santillo, nome de grande peso dentro da agremiação.
Esquerda
Os partidos de esquerda, fora o PT, ainda, não sinalizaram sobre a participação nas eleições municipais de Anápolis, em 2020. Tradicionalmente, o PSOL coloca um nome na disputa dos votos dos anapolinos.
APL

O Aliança pelo Brasil (nº 38), partido idealizado pelo Presidente Jair Bolsonaro, corre contra o tempo para conseguir o seu registro e participar das eleições para prefeito e vereador. Mas, não é uma tarefa fácil. Assim, os seguidores de Bolsonaro que pretendem disputar cargos devem ter um ‘plano B’. Só não podem esperar muito, porque se não, os demais partidos vão fechar as chapas e muita gente vai ficar de fora. Mas, é aguarda para ver como fica.
Peso político
Os três maiores colégios eleitorais de Goiás: Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis têm, somados, 1.534.148 eleitores aptos ao voto, segundo os dados mais recentes da Justiça Eleitoral. Esse número representa nada menos que 34,07% dos votos de todo o Estado (4.502.547). Ou seja, pouco mais de um terço. Significa dizer que os três municípios deverão chamar a atenção especial dos partidos e políticos que miram projetos um pouco mais a longo prazo, como a sucessão estadual, em 2022.
Propaganda
Dentre as novas resoluções aprovadas para as próximas eleições, a que trata da propaganda eleitoral, do horário eleitoral gratuito e das condutas ilícitas praticadas em campanha traz várias inovações. Dentre elas está a criação de uma seção específica para tratar do poder de polícia do juiz eleitoral quanto à remoção de propaganda irregular na internet, podendo a autoridade judicial determinar, de ofício, a remoção de conteúdo irregular, sem a necessidade de ser demandado para tanto.
Financiamento
A resolução sobre o Fundo Especial de Financiamento de Campanha fixa procedimentos administrativos para a gestão dos valores a serem distribuídos aos partidos e candidatos para a realização de suas campanhas eleitorais. O Fundo integra o Orçamento Geral da União e será disponibilizado, até, o primeiro dia útil do mês de junho do ano eleitoral, ao TSE. Entre as principais novidades está a destinação mínima de 30% do montante do Fundo para a aplicação nas campanhas das candidatas mulheres.
Minirreforma

O Prefeito Roberto Naves já conversa com os membros de sua equipe que vão disputar cargos na eleição de outubro de 2020. Com isso, deve acontecer, uma minirreforma na Administração. O que, aliás, é um processo natural e que não deve trazem nenhum comprometimento à máquina administrativa.
Recesso
Se não houver convocação para sessão extraordinária, a Câmara Municipal só irá retomar as atividades de plenário no dia 13 de fevereiro próximo. A sessão, a primeira do ano, já foi convocada pelo Presidente da Casa, Leandro Ribeiro. Os gabinetes devem retomar as atividades normais a partir do dia 06 próximo.
Automutilação
Foi sancionado, no dia 26 de dezembro, o Projeto de Lei 8833/17, que altera o Código Penal para incluir o crime de induzir pessoas à automutilação no mesmo artigo que já tratava do crime de induzir ou instigar ao suicídio. O texto, do Senado, foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 29 de outubro deste ano. A nova legislação prevê pena de reclusão de seis meses a dois anos para quem induzir ou instigar alguém a suicidar-se, a praticar automutilação, ou, prestar auxílio material para que o faça.