Prefeito participou da audiência de prestação de contas e falou pouco sobre investimentos, em decorrência do processo eleitoral
O prefeito Roberto Naves esteve na Câmara Municipal, na manhã desta quinta-feira, 29, para a prestação de contas do Executivo Municipal, relativas ao segundo quadrimestre de 2022.
Os dados foram apresentados aos vereadores e para a população que acompanhou a reunião no plenário, pelo secretário de Economia, Valdivino de Oliveira. Vários integrantes da equipe de Roberto Naves também participaram da prestação de contas, uma exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal.
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Conforme os dados apresentados, a Prefeitura de Anápolis teve, de janeiro a agosto deste ano, uma receita corrente líquida de cerca de R$ 501,1 milhões. No acumulado de 12 meses, a receita corrente líquida é de R$ 1,337 bilhão.
Já a receita tributária, aquela que é oriunda dos impostos, taxas, contribuições, dentre outras, foi de R$ 154,2 milhões no segundo quadrimestre. No acumulado de 12 meses, o valor é de cerca de 404,7 milhões. Nos meses de abril e maio, a receita tributária teve picos acima de R$ 60 milhões em cada mês, decorrente do fluxo de arrecadação do IPTU.
As transferências correntes, oriunda de repasses de recursos de outros entes governamentais, fechou o segundo quadrimestre com o valor de aproximadamente R$ 346,6 milhões. NO acumulado do ano, as transferências somam em torno de R$ 1 bilhão.
Ainda em relação às receitas, o secretário Valdivino de Oliveira chamou atenção para um dado específico, relativa à gestão financeira que garantiu este ano mais de R$ 13 milhões em rendimentos bancários. Esse valor, inclusive, pode aumentar com a implantação da Conta Única, já aprovada pelo Poder Legislativo.
Dívida
A dívida fundada do Município, segundo consta no relatório de gestão fiscal do segundo quadrimestre, o valor até 31 de agosto último, tinha o valor de R$ 233,4 milhões. O percentual da dívida em relação à receita corrente líquida é de 16,94%. O limite legal de endividamento é de 120%. Portanto, o Município tem uma grande folga em relação a este indicador.
A maior parte da dívida fundada é oriunda de financiamentos tomados junto à Caixa Econômica Federal (69,71% do total). Ainda há dívidas relativas ao PASEP (7,69%); Banco do Brasil (7,64%); Celg (6,66%); INSS (4,39%); Agehab (2,63%); Paviana (1,03%) e Precatórios (0,26%).
As despesas com pessoal somam mais de R$ 610,2 milhões, 44,29% da receita corrente líquida. O percentual está, portanto, abaixo do chamado limite prudencial, de 51,30% e do limite máximo, de 54%.
O balanço registra um gráfico de queda no comprometimento da receita com a folha. Em 2017, era de 54,20%, em 2018 (51,04%); 2019 (50,34%); 2020 (44,94%); 2021 (44,42% e 2022 (44,29%).
Educação e saúde
O balanço mostra ainda que a Prefeitura, no período de janeiro a agosto deste ano, tem investimentos em educação e saúde acima dos índices constitucionais.
Na educação, o limite legal é de 25%. E, até o momento, o índice está em 25,99%. Na saúde, o limite legal é de 15% e, no momento, o índice atingido é de 27,85%, bem acima do teto.
Na segunda parte da audiência pública, os vereadores presentes fizeram vários questionamentos acerca do balanço de gestão fiscal apresentado pelo Poder Executivo.
Na sequência, o prefeito Roberto Naves fez as suas considerações, embora, segundo ele, de forma suscinta devido às restrições do período eleitoral.
Na entrevista coletiva à imprensa, Roberto Naves também evitou maiores comentário acerca de realizações da Prefeitura.
Feira Agro
Contudo, informou que estão avançadas as conversas com a Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg) e o Sindicato Rural, para que Anápolis venha a sediar uma das maiores feiras de agronegócio na região.
Sobre a prestação de contas, afirmou que o Município goza de boa saúde financeira, mesmo com a queda registrada nos repasses, devido à redução do ICMS dos combustíveis. Porém, assinalou que mesmo assim, apoia a iniciativa, por entender que essa redução do imposto traz benefícios para a população.
“Tudo que nós fazemos é para dar qualidade de vida para as pessoas”, resumiu.
O chefe do Executivo, na conversa com os jornalistas e radialistas, pontuou que mesmo não sendo candidato a nenhum cargo, evitou falar de projetos e investimentos, por conta de interpretações indevidas que podem ocorrer e também para não fomentar nenhuma fake News nessa reta final do processo eleitoral.